A valorização da vida, o respeito às pessoas, ao meio ambiente e aos animais, a importância do comprometimento pessoal foram temas das atividades e dos momentos de reflexão da Feira da Paz, que mobiliza milhares de pessoas em localidades de Curitiba e de nove cidades do interior nesta sexta-feira e sábado. Realizados pelo Sesi Paraná e o Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCOM), junto com as comunidades locais, os eventos reúnem nestes dois dias famílias, estudantes, professores e lideranças comunitárias nas escolas, praças, nas ruas e centros de convivência em torno de ações que estimulem a cultura da paz.
"Precisamos nos conscientizar que a cultura da paz previne contra todo tipo de violência, seja ela física, verbal, por atos de discriminação ou por desrespeito às diferenças", disse Maria Cristhina Rocha, gerente de Projetos Estratégicos do Sesi-PR, ao abrir as atividades em Curitiba, onde, neste primeiro dia, a feira aconteceu no Colégio Estadual Hildebrando Araújo.
"O que queremos com a Feira da Paz é fortalecer os laços entre as pessoas, realizar ações educativas e reforçar o sentimento de cidadania", afirmou Cristhina, ressaltando que as atitudes e o comprometimento pessoal são vitais para se alcançar comunidades sustentáveis para a paz.
Além de Curitiba, a Feira da Paz acontece e Londrina, Maringá, Apucarana, Umuarama, Cascavel, Guarapuava, Ponta Grossa, Rio Branco do Sul e Foz do Iguaçu.
Na capital, o evento tem a parceria da Gazeta do Povo, da rádio 98FM e da RPC TV (do GRPCOM) e da comunidade do bairro Jardim Botânico. O evento atendeu ao pedido do Conselho Comunitário de Segurança do bairro.
Os alunos do Colégio Hildebrando de Araújo participaram de um Círculo de Diálogo, quando apontaram o que já existe em favor da paz na escola e na comunidade, o que sonham para o futuro e o que podem fazer para realizá-lo. Á tarde aconteceram ações dos projetos Curitiba Lê, Jardim pela Paz e a Árvores da Atitude para 200 alunos. A estimativa é de que mil curitibanos participem das ações promovidas durante os dois dias da Feira da Paz. "Todos reivindicam mais policiamento, mas cada um pode fazer a sua parte contra a violência", destacou o aluno Eduardo Alcântara Martins.
A presidente do Conseg Jardim Botânico, Fátima Maia, disse que a entidade já conta com a parceria da Polícia Militar e do Distrito da Polícia Civil, porém ainda falta a participação da comunidade. "Todos reivindicam resultados para o combate à violência, mas poucos se envolvem na busca de soluções", disse.
Em Cascavel a Feira da Paz é no Centro de Juventude, no bairro Interlagos, e logo pela manhã reuniu mais de 500 estudantes. Eles ouviram a palestra promovida pelo Exército sobre a valorização da vida e a necessidade de combate à violência, tendo como exemplo a experiência em missão de paz na guerra de Angola, na África. "A Feira da Paz é resultado de boas parcerias. Foi isso que fez com que o Centro da Juventude se tornasse um espaço de reflexão sobre a paz", disse a coordenadora do Centro, Rosângela Gouveia.
Em Ponta Grossa, as ações da Feira da Paz foram levadas a 14 escolas. No Colégio Becker e Silva, o tema foi meio ambiente, reciclagem e sustentabilidade e reuniu 100 alunos. Já no Colégio Arnaldo Jansen, a conversa foi sobre Bulling. Mais de 300 alunos participaram. "Fico muito contente com essa iniciativa", destacou a pedagoga Nilse Martins Nika. No Colégio Sesi cerca de 150 alunos participaram da palestra Missão de Paz promovida pela ONU no Haiti, proferida pelo sargento Ênio do Batalhão de Infantaria de Força da Paz do Brasil.
As escolas foram palcos das ações também em Guarapuava. "Tivemos quase a totalidade dos nossos 400 alunos participando de oficinas com dinâmicas sobre a paz", disse a diretora da Escola São Pedro. No Colégio Dulce Maschio foram realizadas palestras para cerca de 1200 alunos.
Em Rio Branco do Sul a Feira da Paz acontece no Barracão Garimpando a Dignidade. Durante a manhã, cerca de 150 alunos visitaram o Barracão, onde puderam aprender as etapas do processo que ocorrem com o lixo reciclável. "A atividade foi importante para que os alunos percebam que jogar o lixo indevidamente na natureza não ocasiona somente enchentes, mas contamina o ar, contamina a água e o solo, que é de onde tiramos a maioria dos nossos alimentos", disse o voluntário na organização da Feira da Paz, Levi Prestes Monteiro.
Na Escola Estadual Alfredo Maluf, de Maringá, a Feira da Paz teve a participação de mais de 450 alunos. Foram palestras sobre cuidados com animais domésticos e maneiras de cultivar a cultura da paz. Representante da ONG Sociedade Eticamente Responsável (SER) falou sobre o papel dos alunos para a cidadania plena seja alcançada. "Nosso Colégio mudou bastante e temos tido muitos avanços na questão do combate à violência", disse a diretora auxiliar Josaine Garcia.
Em todas as cidades os eventos contam com a "Arvore da Atitude", onde a comunidade coloca suas intenções de ações para disseminar a cultura da paz. Em todas haverá o "abraço coletivo pela paz".
Envie para um amigo