Solidariedade

No PR, voluntários arrecadam remédios

Em Nova Olímpia, no Paraná, mutirão com 40 voluntários passará em residências recolhendo medicamentos que não estão sendo usados

Quase todo mundo tem em casa aquela famosa caixa de remédios, onde ficam armazenadas duas cartelas de antibióticos que sobraram da última gripe, meia dúzia de comprimidos que restaram de um tratamento já encerrado, e cápsulas dos mais variados tipos e cores. Esses medicamentos que muitas vezes ficam guardados até o vencimento e depois vão direto para o lixo são o alvo de uma ação voluntária no município de Nova Olímpia, no Paraná. Na próxima terça-feira, um mutirão de mais de 40 agentes jovens percorrerá a cidade pedindo aos moradores que doem os medicamentos que não estão usando e que não pretendem usar no curto prazo.

A iniciativa, que recebe o nome de Saúde para Todos e é desenvolvida pela Secretaria Municipal de Saúde, faz parte das atividades da Semana Nacional pela Cidadania e Solidariedade, promovida pelo Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade e pelo PNUD. A arrecadação deste ano será a terceira organizada pela Prefeitura para evitar o desperdício de medicamentos e aumentar a oferta nos postos de saúde do município. Para incentivar a população a colaborar com a ação, o trabalho será divulgado pelos próprios voluntários nas escolas e igrejas e também através de rádios comunitárias e carros de som.

A ação pretende recolher principalmente medicamentos voltados à hipertensão e diabetes, doenças que, segundo o Datasus (banco de dados do Ministério da Saúde), são as principais causae mortis no município. A Prefeitura estima que, dos cerca de 5,2 mil habitantes da cidade, 800 tenham pelo menos uma das duas doenças - o que significa que mais de uma em cada sete pessoas é hipertensa ou diabética.

A iniciativa dos voluntários também é direcionada a pacientes que freqüentam o programa público de tratamento de diabetes e hipertensão. Mensalmente, a prefeitura realiza reuniões de acompanhamento dos doentes, nos quais são realizados exames e entregues remédios. Grande parte dos freqüentadores das reuniões, no entanto, pega mais medicamentos do que o necessário e "fazem verdadeiros estoques em casa", segundo a coordenadora do Saúde para Todos, Fernanda Lucia de Oliveira. "Com a arrecadação pretendemos recolher esses remédios que ficam guardados, sem uso", afirma.

Fonte: PNUD