O painel Setor Privado: os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), Pacto Global e Business Call to Action
(BCtA), realizado nesta quinta-feira (19), durante a Conferência Internacional de Cidades Inovadoras (CICI 2011) discutiu
formas de incluir estas três iniciativas - da Organização das Nações Unidas (ONU) - para
agregar valor aos negócios das empresas. O painel contou com a presença do secretário executivo do Movimento
Nacional pela Cidadania e Solidariedade e presidente do Sistema Fiep, Rodrigo da Rocha Loures e do Representante Residente
do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no Brasil, Jorge Chediek. Durante o evento também
aconteceu a assinatura de um memorando de entendimento entre a Fiep e PNUD para a promoção das ações
que envolvam estas três iniciativas.
O Pacto Global tem o objetivo de mobilizar o setor empresarial para incluir,
nas suas práticas de negócios, valores nas áreas de direitos humanos, relações de trabalho,
meio ambiente e combate à corrupção direcionados em 10 princípios.
A Business Call to Action
(BCtA) é uma iniciativa que visa incentivar as empresas a realizarem negócios inclusivos, com pessoas de baixa
renda, tanto para consumidores quanto para fornecedores assim contribuindo com o desenvolvimento local.
"O Brasil já
é destaque mundial no Pacto Global pelo número de empresas signatárias e também pela efetividade
na parceria entre os três setores da sociedade", destacou Rocha Loures. O trabalho para o alcance dos ODM no Paraná
também foi destacado pelo presidente da Fiep. "O Movimento Nós Podemos Paraná criou uma estratégia
de mobilização e cooperação para o alcance dos ODM que está sendo estendida para todo o
Brasil. Já conseguimos alcançar 7 dos 8 Objetivos no Paraná e a mortalidade materna ainda é o
nosso grande desafio. Para reverter este quadro precisamos de uma efetiva participação do poder público",
destacou.
O painel apresentou alternativas de inclusão destas 3 iniciativas nas ações realizadas tanto na área
de responsabilidade social quanto de negócio das empresas. "O nosso objetivo é convidar as empresas a contribuírem
com o desenvolvimento, além de gerar lucro. As grandes empresas já fazem isso, na sua maioria, mas queremos
agora incentivar as pequenas empresas a participar", destacou o representante do PNUD, Jorge Chediek.
Segundo ele,
negócios inclusivos são rentáveis. "É possível fazer as duas coisas: gerar lucro e contribuir
com o desenvolvimento fazendo um 'bom negócio", destacou.
Empresas
As empresas que participaram do painel destacaram a importância da iniciativa.
Na Volkswagen, em São José dos Pinhais, eles já realizam ações para desenvolver a comunidade
que fica localizada próxima a fábrica. "Não adianta fabricarmos 800 carros por dia e não termos
para quem vender, por isso buscamos trazer a família dos nossos 6 mil funcionários e a comunidade para dentro
da fábrica", destacou a assistente social da empresa, Valéria Cruz.
Alguns projetos são a realização
de feiras com os empreendedores que participam do Conselho de Economia Solidária dentro da fábrica e, em parceria
com a Secretaria Estadual de Trabalho, será realizada uma capacitação profissional para as pessoas que
moram na região da indústria.
Segundo a gerente de comunicação da Petrobras Elisabete Pontes,
em Araucária, as empresas têm na Fiep e no Movimento Nós Podemos Paraná um apoio na organização
das suas ações de responsabilidade social. "Está ação organizada, chamando os três
setores para sociedade para participar do desenvolvimento dos municípios, é muito positiva para a sociedade",
destacou Elisabete.
"Os ODM são uma causa de toda a sociedade. É uma iniciativa dos cidadãos,
por isso cada um pode fazer a sua parte", destacou a coordenadora do Movimento Nós Podemos Paraná, Maria Aparecida
Zago Uden
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