Desenvolvimento - 11/05/2011

Acordo reúne empresas por inclusão e ODM

PNUD assina memorando com o setor privado para estabelecer marco de cooperação para desenvolvimento de mercados inclusivos no país

O PNUD assinou na última quarta-feira (4) um memorando de entendimento com o setor privado para estabelecer um marco geral de cooperação para o desenvolvimento, a implementação e a promoção de mercados inclusivos no Brasil como iniciativa de promoção dos ODM (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio). O acordo tem, a princípio, validade de dois anos, podendo ser renovado após esse período.

Com a parceria oficializada, são criadas também bases de apoio para o lançamento e a execução no país da iniciativa global BCtA (Business Call to Action), que tem como objetivo, além de acelerar o progresso para o cumprimento dos oito ODM, promover modelos de negócios inclusivos que contribuam para objetivos empresariais e de desenvolvimento no longo prazo. O projeto também está sendo instituído em outras nações emergentes, como África do Sul, China e Índia.

Lançada mundialmente em 2008, a BctA conta com apoio de órgãos governamentais de Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Holanda, além de agências ligadas à ONU como o próprio PNUD e o Pacto Global das Nações Unidas e organizações como a Iniciativa Global Clinton e o Fórum Internacional de Líderes Empresariais.

"Desde o período em que o secretário-geral Kofi Annan esteve à frente da ONU (1997-2007), o PNUD vem reunindo os esforços da iniciativa privada para as Nações Unidas, na abordagem, sobretudo, de negócios que contribuam para a inclusão social. Sem as empresas, não seria possível alcançar os ODM e outras metas", ressalta Maria Celeste Arraes, coordenadora da unidade de Planejamento Estratégico e Desenvolvimento de Capacidades do PNUD.

Os signatários do memorando de entendimento com o PNUD são o CEBDS (Conselho Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável) e as fundações Avina e Dom Cabral. O CEBDS reúne as maiores empresas brasileiras e tem como compromisso integrar princípios e práticas do desenvolvimento sustentável no contexto de negócio, conciliando as dimensões econômica, social e ambiental.

Já a Fundação Avina tem como missão contribuir para o desenvolvimento sustentável da América Latina, incentivando a construção de laços de confiança e parcerias frutíferas entre líderes sociais e empresariais. E a Fundação Dom Cabral é uma organização devidamente estruturada sob as leis do Brasil e comprometida a contribuir para o desenvolvimento sustentável da sociedade por meio da educação de executivos, empresários e organizações.

"Esses grupos já são parceiros da ONU em diversas iniciativas, atuando também na promoção de mercados inclusivos e na promoção de estudos sobre o tema. O PNUD busca alianças com parceiros que possuam tradição e estejam estabelecidos, para ajudar na ampliação de sua atuação no Brasil", acrescenta Maria Celeste.

"Cada parte tem iniciativas próprias em mercados inclusivos e considera que a articulação de suas ações, no âmbito desse memorando, contribuirá para potencializar o resultado individual", aponta, por sua vez, o texto de apresentação do memorando, que ressalta como exemplo de produção de estudos sobre o tema o relatório "Criando Valores para Todos: Estratégias para Fazer Negócios com os Pobres".

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