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Empresas06/01/2011

Carro importado gera déficit de US$ 2 bi

Exportações crescem 55%, mas participação de modelos estrangeiros no país dispara de 5% para 22%; para montadoras, movimento se repete em 2011

Ana Paula Machado

amachado@brasileconomico.com.br

O fraco desempenho nas exportações de veículos e o grande interesse dos brasileiros por carros importados fez a balança comercial do setor automobilístico fechar no negativo em2010. O déficit no ano passado foi de US$ 2 bilhões e segundo o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini, o desempenho da corrente de comércio neste ano ainda não será favorável. “As exportações deste ano deverão atingir 730 mil unidades, uma queda de 4,7% em comparação a 2010. Em contrapartida, as importações de veículos devem crescer de 20% a 22%”, disse Belini. No ano passado, dos 3,52 milhões de veículos vendidos no Brasil, 650 mil foram importados. A participação dos carros vindos de fora passou de 5,1% em2005 para 21,7% no ano passado. “Isso mostra que o sinal amarelo está aceso. O Brasil está perdendo competitividade em relação aos outros países. Agora, com o novo governo temos que traçar estratégias de incentivo às exportações de ganho de competitividade”, reclama o dirigente que também é presidente da Fiat Automóveis. Em2010, a receita gerada com as exportações foi de US$ 12,86 bilhões, o que representou aumento de 54,7% no comparativo com 2009. “Mas, 2009 foi um ano de crise, por isso, foi maior. Se compararmos com 2008, a queda foi de US$ 1 bilhão”, compara Belini. A Anfavea prepara um estudo da competitividade brasileira que será entregue ao governo até abril. Segundo Belini, no documento estará as reivindicações do setor e propostas para estimular as exportações. “A indústria automobilística representa 23% do PIB industrial (Produto Interno Bruto). É um setor importante para o desenvolvimento do país.”

Crescimento menor

Apesar de em2010 as montadoras instaladas no Brasil terem atingido uma produção de 3,64 milhões de veículos, um volume 14,3% maior que no ano anterior, em2011, o crescimento estimado pela Anfavea será de 1,1%. A explicação para a queda no ritmo de crescimento da produção de veículos brasileira é justamente a maior participação dos importados no mercado e a queda nas exportações. “O mercado interno é que está sustentando nossa produção. As montadoras têm que se esforçar na conquista de novos mercados e nichos para crescer lá fora”, ressaltou Belini. Em dezembro, a produção atingiu 283,9 mil unidades, crescimento de 12,3% em relação ao mesmo período de 2009. Contudo, a fabricação foi 10,3% menor do que os 316,3 mil veículos produzidos em novembro de 2010. A maior parte da produção de 2010 foi destinada ao mercado interno. Os brasileiros compraram 3,52 milhões de carros, 11,9% a mais que em 2009, quando as vendas atingiram 3,14 milhões. Para 2011, a Anfavea estima que o mercado brasileiro deverá atingir 3,69 milhões, um aumento de 5% no comparativo comeste ano. “Hoje, o Brasil é o quarto mercado mundial, passamos a Alemanha. E temos condições de ter crescimento sustentável por mais dez anos. A relação habitante por carro, ainda é alta, cerca de 7 para 1. O meu sonho é que cada brasileiro tenha um carro em sua garagem,mas para isso o transporte de massa e a infraestrutura devem crescer na mesma proporção.”

 Fonte: Brasil Econômico, 07-01-2011

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