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04/08/2011

Educação é a porta para um novo começo

O professor e teólogo participou do lançamento do Movimento Paraná Educando na Sustentabilidade, uma iniciativa do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial, da Fiep

 

clique para ampliar clique para ampliarBoff falou para mais de 300 pessoas sobre Educação na Sustentabilidade (Foto: Gilson Abreu)

O teólogo e professor Leonardo Boff participou na tarde do dia 2 de agosto, do lançamento do Movimento Paraná Educando na Sustentabilidade, iniciativa do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE) por meio do Núcleo de Instituições Educacionais (IED). A proposta tem intuito de oportunizar e tornar pública a articulação entre as instituições educacionais em prol da sustentabilidade.

Leonardo Boff elogiou a iniciativa do CPCE e apontou que a Educação é a porta de entrada para um novo começo. "Vivemos um momento de crise, de confronto entre o homem e a natureza. O grande desafio é encontrar um meio de habitar o planeta de tal maneira que consigamos manter o equilíbrio da Terra, como ser vivo. E a educação pode promover a consciência cidadã, aquela capaz de proteger e cuidar de tudo que está ao nosso redor", ressaltou.

 Boff foi um dos redatores da Carta da Terra, para ele o melhor texto do século XXI, e explicou que a sustentabilidade nasceu de um novo olhar sobre a Terra, da preocupação com o meio. "Temos que reinventar um novo modo de estar no mundo. Aprender a satisfazer nossas necessidades com sentido de solidariedade para com os outros e com o futuro. Ou mudamos ou vamos ao encontro de tragédias ecológicas e humanitárias", ponderou.

 Ele observou ainda que o primeiro passo para a sustentabilidade é resgatar o sentimento, a sensibilidade. E o segundo, seria o resgate do cuidado, pré-condição para que algo possa viver. "O maior crime do mundo é a insensibilidade, não podemos nos acostumar com a pobreza, a miséria e a devastação do meio ambiente. E pra que isso não aconteça é preciso cuidar, fator primordial para a manutenção da vida. Proteger é garantir a sustentabilidade", finalizou.

Semente de novas discussões - Para a coordenadora do IED, professora Sonia Ana Leszczynsky, esse movimento é a semente para germinar novas discussões voltadas ao tema em todo Brasil. "É um movimento para todos, pautado nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, Pacto Global e Carta da Terra para Educação. Temos a pretensão de estimular estudantes para cidadania, que sigam para o mercado de trabalho conscientes da sua responsabilidade socioambiental", explicou.

O presidente do Sistema Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, concorda com a professora e acredita que o movimento possa ser a base para novos rumos na Educação. "Precisamos trabalhar para que os jovens saiam das instituições de ensino não só preparados tecnicamente, mas capazes de observar de maneira sistêmica o mundo e criar condições favoráveis para o desenvolvimento sustentável", disse.

 O presidente executivo do CPCE, Victor Barbosa, ressaltou a importância de propiciar espaços dentro das instituições para que os jovens possam sair cidadãos, em todos os seus aspectos. "Precisamos criar ambientes propícios para formar pessoas ecologicamente participativas e socialmente democráticas e isso será possível quando conseguirmos reunir os interessados para levantar questionamentos e o que cada um pode fazer para atingir o objetivo", observou.

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