Cases diferenciados e experiências únicas marcaram o III Workshop do Terceiro Setor: Práticas Compartilhadas realizado no dia 3 de julho pelo Núcleo do Terceiro Setor (NTS) do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE), instituição ligada ao Serviço Social da Indústria (Sesi). O objetivo do evento era proporcionar às organizações sociais uma oportunidade de conhecer outras instituições, suas experiências e desafios no desenvolvimento de suas atividades.
A abertura foi realizada pela coordenadora executiva do CPCE, Rosane Fontoura, que fez um breve relato dos workshops já realizados com a presença de renomados especialistas, como Marcelo Estraviz, Márcio Zeppelini e Ricardo Falcão e chamou as instituições presentes para se inscreverem no 5º Prêmio ODM Brasil, que reconhece as melhores práticas em prol dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Saiba mais aqui
A primeira instituição a se apresentar foi a Escola Nilza Tartuce, que oferece educação infantil e ensino fundamental na modalidade educação especial desde 1964 por iniciativa da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE). A instituição possui como forma de iniciação ao trabalho e integração dos alunos a Panificadora Escola, criada em 1998 e que hoje oferece quatro cursos por ano para alunos, pais e para a comunidade. A médio prazo a panificadora poderá colaborar na captação de recursos para a manutenção da entidade. “Começamos o programa ‘Nosso Pão’ com os alunos e vimos que eles levavam isso pra casa e surpreendiam a família, por isso, acabamos estendendo para os pais que utilizam o curso para se inserirem no mercado de trabalho”, explica a diretora da Unidade Centro da Escola Nilza Tartuce, Maria Hilda Lessing Ogliari. Veja a apresentação aqui
O Centro de Ação Voluntária foi apresentado pelo analista técnico da entidade, Tiago Baise, que mostrou como é feita a administração e relacionamento com os voluntários para o terceiro setor. De acordo com ele, é importante que as instituições saibam lidar corretamente com os voluntários, que são extremamente importantes, mas precisam ser gerenciados da forma correta. “O CAV possui uma ferramenta gratuita com mais de sete mil voluntários cadastrados com um perfil de suas habilidades, pois é preciso que haja afinidade entre a pessoa e a instituição porque a falta de alinhamento nas expectativas é o principal ponto de não sucesso do voluntariado”, explica Baise. Confira a apresentação aqui
O presidente da Associação Children Brasil (ACBR), Gustavo Adolpho Brandão, apresentou “Construindo as Redes de Relacionamento”. A associação foi criada em 2011 por um grupo de amigos que tinha o objetivo de ajudar e profissionalizar as pessoas que trabalham em organizações que tenham foco em programas de combate à pobreza e ao trabalho infantil, impactando diretamente para melhora de vida das crianças e adolescentes. De acordo com Brandão, na construção das redes é necessário que os objetivos sejam comuns além de haver cooperação, autonomia, horizontalidade, identidade e amizade. “É difícil resolver tudo, mas o que podemos fazer para melhorar aos poucos? Precisamos ter amigos e parceiros que tenham os conhecimentos técnicos necessários para rever cada uma das questões e propor alternativas para os problemas, abrir a caixa preta da instituição e ver quais os meios legais e éticos para arrumar os problemas existentes”, afirma Brandão. Veja a apresentação aqui
‘Como pequenas Instituições podem atrair grandes parceiros’ foi o tema desenvolvido pelo presidente da Associação Gente de Bem e coordenador do Núcleo do Terceiro Setor do CPCE, Luciano Diniz. A instituição foi criada em 2006 e busca oferecer a formação integral para alunos de escolas públicas, aliando desenvolvimento pessoal e profissional. De acordo com Diniz, o segredo para conseguir firmar boas parcerias com grandes empresas está em sempre se informar sobre os editais abertos e analisar o que eles pedem, pois dão ‘pistas’ dos processos e controles que a entidade precisa implementar. “Outra coisa que acreditamos, e é fundamental para atrair grandes investidores, são as alianças estratégicas, pois participar de conselhos, fazer trabalhos até mesmo gratuitamente abrem portas, trazem experiências e conquistam parceiros”, completa Diniz.
A Associação Amigos do Hospital de Clínicas (HC) apresentou como realiza sua comunicação institucional e captação de recursos para o marketing. A diretora de marketing e projetos da instituição, Thaís Cristiane da Silva, explicou que todos os materiais desenvolvidos têm custo zero para a associação e que oferecem parcerias como contrapartida para a confecção. “Tem ações que são simples de fazer e que têm ótimos resultados, como o facebook. Para outras campanhas é importante chegar à agência com um planejamento pronto para facilitar o trabalho e desenvolver sempre ações atemporais que podem ser utilizadas sem necessidade de atualização”, complementa Thaís. Veja a apresentação aqui
“Marketing de Eventos e Captação de Recursos” foi o tema da Associação Franciscana de Educação ao Cidadão Especial (AFECE) apresentada pela especialista em educação especial, Nilda Mott Loiola Gonçalves. A Afece foi fundada em 1967 e comemora a compra de um terreno de 10.560 m2 e construção de parte da sua nova sede por meio dos recursos levantados com torneios de tênis, golfe, bazares, bingos, jantares, corridas de rua e feiras. “Em tudo nós pensávamos em como deixar o evento rentável, sempre conseguimos nos superar por que temos a preocupação de sermos transparentes e éticos, apresentando sempre a prestação de contas”, finaliza Nilza. Veja a apresentação aqui
O evento terminou com uma plenária onde os participantes puderam fazer perguntas e trocar informações com os palestrantes. De acordo com Emanuel Ribeiro de Oliveira, representante do Instituto de Formação e Orientação de Jovens e Adolescentes (FORJA), eventos como esse mostram que a sociedade civil organizada não está presente apenas nas manifestações de rua, mas também em instituições que trabalham para ajudar no desenvolvimento de todos. “Estou vendo que nós estamos fazendo o outro lado da medalha, também estamos fazendo uma passeata, mas uma passeata silenciosa e que tem frutos, que tem pessoas fazendo o necessário, fazendo o possível e o impossível. Por isso, eu gostaria de agradecer o CPCE, pois é um momento muito especial e devemos repetir”, exclama Oliveira.
Para o coordenador do NTS, é importante que exista a boa vontade na fundação das organizações, mas é ainda mais necessário que as entidades reconheçam suas deficiências e procurem melhorar e se profissionalizar sempre. “As ongs normalmente surgem por uma grade boa vontade, mas também precisamos entender de terceiro setor, de captação de recursos e comunicação e nem sempre nós temos essa capacitação. Mas, podemos buscar alguém que nos ajude, voluntários qualificados, precisamos ser profissionais” finaliza Diniz.
participei do 3 worshop, práticas compartilhadas e agora gostaria de imprimir meu certificado, mas o link indicado na inscrição
não oferece a opção. por favor enviem-me para meu e-mail.
grata,
Ana Cristina Calderon
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