Com o desafio sem precedentes da pandemia da Covid-19, estamos acompanhando um novo momento, um despertar global. Impulsionar a conectividade, o diálogo e contribuir com o movimento do CPCE, propomos uma palestra favorecendo o diálogo, disseminação do tema “Capitalismo Consciente e Sistema B.
Rui Brandt como diretor geral do CPCE realizou a abertura abordando a importância do tema vinculado a responsabilidade socioambiental da indústria e essa conscientização de que, a presença das empresas dentro da sociedade apresenta outra característica de tempos atrás e o novo compromisso faz com que se entre num momento de reflexão e compreensão e de projeção de uma sociedade conhecida há alguns anos. O capitalismo que foi abominado no passado pode ter agora uma outra conceituação, que possa trazer o capitalismo muito mais próximo do que a sociedade espera em termo de contribuição efetiva para seu desenvolvimento do era no passado. É evidente que o capital deve ser bem remunerado, mas pode trazer consigo outros aditivos que podem fazer com que ele mereça ganhar essa complementação consciente porque ele reconhece sua participação na sociedade e que hoje tem que ser de forma diferente, tem que olhar todas as condições possíveis que permitam que ninguém fique para trás e todos tenham a oportunidade de seu desenvolvimento social, respeitando o meio ambiente, respeitando o planeta, respeito o conjunto dessa obra que nós temos a responsabilidade de conduzir da melhor maneira possível e esse é papel do CPCE de oferecer a oportunidade do tema e sua repercussão.
O diretor do CPCE da regional Maringá Paulo Pereira Lima, falou sobre a expressividade dessa ação do CPCE para nosso dia a dia: “Para as empresas terem resultados de sucesso, além do seu crescimento econômico elas tem que compactuar com as conquistas ao seu redor. A sociedade está exigindo ações em direção a um modelo econômico, social e ambiental mais resiliente, equitativo e sustentável”.
"A transformação do capitalismo para um formato mais consciente já está em curso e está ligado a evolução de consciência individual. Portanto, para acelerar esta mudança nos negócios é preciso investir na ampliação de consciência dos líderes. Essa é a nova forma de fazer negócio " diz Ana Carolina Vermelho Martins - co-líder do Movimento do Capitalismo Consciente no Paraná. A palestrante reforçou a fala do Sr. Rui Brandt, mencionando que o capitalismo foi muito pautado na maximização do capital e hoje vimos que trouxe várias externalidades, problemas que agora precisamos endereçar como ser humanos vivos, criando cada vez mais consciência de tudo que é bom do capitalismo e transformar o que não é tão bom, que podemos melhorar e tudo isso está dentro de nossas capacidades como empresários, como cidadãos de fazer essa transformação por meio de como atuamos no mundo, na maneira de como a gente consome, se relaciona, ou seja, a mudança está em nossas mãos e é isso o que o movimento do capitalismo vem propor. Informou sobre os 4 pilares do Negócio Consciente que são: Propósito maior; Cultura Consciente; Liderança Consciente e Orientação para os Stakeholders. Empresas que aderem o capitalismo consciente passam com maior resiliência a fase de crise. “Empresas com modelo de stakeholder podem ter mais condições para ajudar durante esta crise, pois seu modelo de negócios é mais robusto e, suas alianças são mais fortes.” (Klaus Schwab).
Segundo Paulo Cruz Filho, especialista at Sistema B Brasil. “O Sistema B é um movimento global que reúne empresas, governos e sociedade civil e visa redefinir o conceito de sucesso na economia e nos negócios a partir do bem-estar das pessoas, natureza e sociedade”. Passamos do Capitalismo Consciente e Sistema B “todos nós somos interligados e interdependentes e dessa maneira estamos construindo soluções para toda complexidade”. É fato que estamos numa mudança de cultura global histórica, as coisas estão realmente mudando e isso é motivador. O sistema que tivemos até hoje esta em crise e é natural que aconteça, faz parte da história da humanidade, tivemos um salto populacional gigantesco a partir de 1800, conseguindo assim um alto desenvolvimento, contudo, nos anos 2000 chegamos a um espaço de que a forma de pensar não resolve mais o problema e gera mais problema e isso faz emergir um novo conceito de consciência e estamos vivendo um que acabou de emergir e outro que está surgindo agora, ter uma percepção maior do que acontece, trazendo novos negócios e impacto de forma conjunta, ressignificando, usando a força de renovação.
Paulo Cruz deu ênfase no conceito do Sistema B, aonde o “B” vem de benefícios, de empresas que geram benefícios para o mundo ao mesmo tempo que conduzem seus negócios. O Sistema B propõe que se redefina o conceito de sucesso na economia, onde o sucesso é definido pelo bem-estar das pessoas, meio ambiente e da sociedade . A principal mensagem desse tema é “se está tocando em seu coração a fala “Eu acredito Nisso”, seja, você empresário ou em formação acadêmica vocês podem se sentirem amparados porque esses dois recursos Capitalismo Consciente e Sistema B tem muito recurso para fazer acontecer. Essa é a grande mudança da economia voltada para os acionistas para a economia voltada para todos os interessados. É o novo perfil de empresa que combina em parte com a atividade econômica que quanto mais você crescer mais impacto você vai gerar e se responsabilize por tudo que você faz e seja transparente são os 3 grandes pilares de uma empresa B (impacto, responsabilidade e transparência). O movimento das empresas B faz um Shift de não olhar somente para o produto e sim para empresa inteira.“O entendimento do papel das Empresa B é fundamental para os futuros administradores, pois, serão eles os responsáveis pelo desenvolvimento de negócios que visem o desenvolvimento socioambiental em paralelo com o lucro. Parabéns pela iniciativa desse tema tão importante!” afirmou Andrea Bier, FAE conselheira do CPCE . E o evento foi finalizado com a participação de Priscila Veloso, do CPCE JR que arguiu sobre a conjuntura nacional em relação a esses movimentos.
Na certeza de que estamos juntos para sermos agentes transformadores, acelerar, impulsionar e ampliar ações para essa responsabilidade compartilhada por todos nós.