O Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial foi convidado a participar no 7º Congresso Pacto pelo Brasil. Na abertura, foi falado do compromisso do Sistema FIEP com a Agenda 2030 e a participação de todos os setores no alcance do desenvolvimento sustentável. A oficina de elaboração de projetos em prol dos ODS reuniu além de paranaenses, participantes de estados como Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Espírito Santo.
A abertura da Oficina foi conduzida pelo conselheiro sênior Prof. José Amaro, cujas palavras trouxeram luz a pontos cruciais no universo dos projetos, para o experiente professor na área de projetos, da UFPR,. "O sucesso de projetos sustentáveis exige uma gestão focada em valor. Nessa gestão, o projeto técnico, a análise de negócios e a gestão estratégica dos recursos são alinhados com os objetivos. Como resultado, crescem muito as taxas de sucesso dos projetos sustentáveis."
Por meio de exposições teórica, que incluíram a abordagem de 10 dicas imprescindíveis para a Elaboração de Projetos, Rosane Fontoura mediou a proposição de diversos projetos, todos fundamentados nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Em uma variedade de iniciativas, merecem destaque propostas como a busca da redução da extrema pobreza em comunidades (ODS1), a abordagem da saúde mental no contexto da dependência em jogos eletrônicos (ODS3), a inclusão de jovens no mercado de trabalho (ODS8), o atendimento à pessoa com deficiência (ODS10), a promoção da educação ambiental em espaços urbanos (ODS4 e ODS11), o estímulo ao protagonismo feminino em esfera municipal (ODS5), a preservação de nascentes em Piraquara (ODS6 e ODS14), as alternativas ao uso de plásticos incluindo o projeto "Plastic Road" (ODS12), e, igualmente significante, a promoção de acesso aos espaços verdes nas cidades (ODS15).
Neste contexto, reiterou-se a importância da transparência na alocação de recursos públicos, um elemento fundamental para impulsionar um direcionamento maior e mais eficaz de recursos em prol de causas que apoiam o alcance dos ODS.
O anseio pela redução da extrema pobreza exige a formação de plataformas, princípios, pactos, políticas públicas, programas, planos, projetos e práticas de cidadania que não apenas sejam elaborados, mas também aplicados e que garantam a correta aplicação dos recursos públicos e privados (ODS1). O desvio de recursos destinados à merenda escolar não apenas prejudica o desenvolvimento das crianças vulneráveis, mas também intensifica a insegurança alimentar. Menos recursos traduzem-se em mais fome (ODS2). O desvio de recursos de saúde compromete a qualidade dos serviços, ou seja, uma melhor gestão garante que mais vidas sejam salvas. (ODS3). A participação da comunidade escolar na gestão dos recursos é essencial, garantindo que as necessidades e interesses da comunidade sejam atendidos (ODS4). É vital ampliar e aperfeiçoar programas e projetos voltados para mulheres aumentando os recursos destinados à equidade de gênero (ODS5). A redução das desigualdades é alcançável incentivando tanto a responsabilidade individual como a coletiva na arrecadação tributária, e combatendo a corrupção, garantindo mais igualdade e oportunidades (ODS10).
Para Rosane Villanova, “Conhecer como fazer um projeto social “lincando” às causas já definidas como prioritárias (os ODS) não só facilita, pelo uso de uma linguagem universal: qualifica, amplia a dimensão de seus impactos e confere mais credibilidade ao proponente.”
A conselheira júnior Bruna M Barbosa da Silva, representante do IGRPCOM, falou brevemente sobre a importância de trabalhar com metodologias ágeis como ferramentas que corroboram com as atividades de planejamento.