Em 20 de outubro, o Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial realizou o diálogo que contou com a presença do conselheiro Gustavo Loiola, do ISAE e presidente do PRME para América Latina e Caribe, sendo essa uma iniciativa da ONU voltada para a Educação Executiva Responsável.
Em sua fala Gustavo ressaltou a importância das organizações entenderem a sua atuação e impacto não somente no âmbito da governança, mas também com relação ao contexto social e ambiental e buscar implementar nas organizações objetivo estratégicos que estejam alinhados ao conceito do ASG.
Gustavo também apresentou e contextualizou os critérios ASG vistos atualmente como uma importante ferramenta aplicável a negócios de todos os portes e usados para atrair capitais de investidores e fortalecer a marca, contribuindo para a perenidade do negócio.
Para embasar sua fala, o palestrante citou ainda que em 2020 Larry Fink, gestor do maior fundo de investimentos do mundo (BlackRock), afirmou em carta aos CEOs a necessidade do compromisso com a sustentabilidade e a transparência na alocação dos recursos do Fundo.
Nesse sentido, os critérios ASG surgem também como uma demanda do grupo de potenciais shareholders /acionistas das empresas, haja visto que as questões sociais e ambientais hoje já são percebidas como um fator de sucesso ou de risco para a rentabilidade de qualquer negócio.
Também relacionou os temas que convergem entre a plataforma dos Objetivos de desenvolvimento sustentável com os critérios ASG, a saber.
No critério Ambiental dos ASG os temas : Biodiversidade, Mudança Climática, Poluição e Recursos e Água: ODS6,ODS7, ODS12, ODS13, ODS14 e ODS15.
No critério Social os temas Cuidados com os clientes, saúde e segurança, direitos humanos e comunidadee cuidados trabalhistas ODS1, ODS2, ODS3, ODS 4, ODS5, ODS8 e o ODS10
E no critério da Governança: Anticorrupção, gestão de riscos, transparência tributária e governança corporativa : ODS11, ODS 16 e ODS17
Essas colocações contribuem para o entendimento de que os critérios ASG e seus indicadores serão cada vez mais a métrica para que as organizações e fundos recebam ou não investimento, pois estes foram propostos e são avaliados pelos “donos do dinheiro”. Esse fator aliado a tendência dos consumidores de realmente se interessarem mais por produtos e serviços que tenham impacto positivo no meio ambiente e na sociedade provocam mudanças também positivas na forma de fazer negócios e de pensar no desenvolvimento sustentável. O diálogo virtual contou com a participação de conselheiros de todas as regionais, com a contribuição de CPCE Londrina com perguntas e depoimentos. Em 2022 o CPCE realizará uma série com o CIFAL para aprofundar os critérios do ASG para todos.
Se quiser saber mais acompanhe o webinar no Canal da Industria no playlist do CPCE ou leia aqui a apresentação realizada.