Rui Gerson Brandt foi nomeado o novo Diretor Geral do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE). Presidente do Sindicato das Indústrias de Papel e Celulose do Paraná (SINPACEL), CEO da Companhia de Papel e Celulose do Paraná (Cocelpa), Brandt atua há mais de 15 anos no setor.
O CPCE é o conselho temático de Responsabilidade Social da Federação das Indústrias do Estado do Paraná. Fundado em 2004, desenvolve projetos de extrema relevância, como Sustentabilidade na Cadeia de Valor, Incentivos Fiscais, Educando para a Sustentabilidade e Inclusão de Pessoa com Deficiência no Mercado de Trabalho, além de promover iniciativas para a disseminação do Pacto Global e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A Sinpacel participa efetivamente do CPCE desde 2012, sempre presente nas ações desenvolvidas pelo conselho. A seguir, confira a entrevista com Rui Gerson Brandt, novo diretor geral do CPCE.
Como o senhor vê a atuação do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial?
São inegáveis os esforços feitos pelo Conselho, desde a sua instalação em 2004, em reunir a classe empresarial na promoção do desenvolvimento sustentável do Paraná. Uma bandeira difícil de ser carregada em um país no qual ainda há muito descaso com o meio ambiente e a educação.
Qual a importância dos empresários promoverem a educação para a sustentabilidade?
O amanhã é a grande incógnita, considerando o que fizemos no passado ou estamos fazendo hoje. A educação para a sustentabilidade pode ser o resgate do muito que se perdeu e a conquista daquilo que necessitamos para construir um futuro melhor.
No relacionamento com os stakeholders, qual a importância de trabalhar com a comunidade?
A coletividade deve ser o objeto das ações do Conselho para que os resultados possam ter a amplitude desejada e possam motivar um número cada vez maior de participantes.
Quais as vantagens da indústria aplicar práticas de sustentabilidade na cadeia de valor?
Pode-se ainda dizer que a função social da indústria é decorrente da sua atividade econômica, mas a melhoria da qualidade de vida resulta do respeito e dos cuidados que se têm com o meio ambiente. As práticas de sustentabilidade fortalecem as relações dentro da cadeia de valor.
Quais seriam as premissas para melhorar a inclusão das pessoas com deficiência nas empresas?
Evitar a discriminação provocada pela obrigatoriedade legislativa. Estabelecer obrigações em vez de premiações pela inclusão social é reforçar a discriminação. A sensibilização, o envolvimento, os cases de sucesso devem ser premiados e motivadores de ações por parte das indústrias e da coletividade.
Qual a sua opinião sobre a responsabilidade sindical, social e ambiental?
A responsabilidade sindical vem do associativismo, do coletivo, da representatividade. E é isso que deve ser reforçado. O sindicato representa o coletivo e pode ser um instrumento de multiplicação das ações que levam à cidadania, à sustentabilidade.
E quais são os caminhos da indústria para colaborar no alcance do Desenvolvimento Sustentável do estado do Paraná?
O principal é o de se apresentar à sociedade, disposta a participar de movimentos que possam se traduzir em conquistas em termos de desenvolvimento sustentável. É superar o receio de que não é o seu papel se envolver nas questões sociais e ambientais, deixando isso para os órgãos públicos.
Quais serão os principais focos da sua gestão como Diretor Geral do CPCE?
Interagir com os diretores regionais e os sindicatos, buscando aumentar a participação e a contribuição para a realização dos objetivos do CPCE.