Iniciativa da equipe Sustentabilidade na Cadeia de Valor do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE), a palestra Vantagens Competitivas da Sustentabilidade foi realizada no dia 14 de outubro, em Curitiba. O evento contou com a presença dagerente de Projetos Estratégicos do Sesi-PR, Maria Christina Rocha; da gerente de Responsabilidade Social do Sesi-PR, Sonia Beraldi de Magalhães; da assessora da superintendência do Sesi-PR, Caroline Arns Arruda; da Diretora Geral do CPCE, Mayra Dória Mattana; e da coordenadora executiva do CPCE, Rosane Fontoura.
A gerente de Projetos Estratégicos do Sesi-PR, Maria Christina Rocha, realizou a abertura do evento ressaltando a importância do tema como forma dos conselheiros identificarem a melhor forma de atuar junto às empresas paranaenses. “Consideramos o tema muito pontual e necessário nesse momento em que o CPCE está passando por uma reestruturação e tenho certeza de que vamos sair daqui com uma visão ainda mais esclarecedora de como o conselho, por meio de seus membros, pode contribuir para a sustentabilidade no Paraná”, explica Cristhina Rocha.
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A palestra Vantagens Competitivas da Sustentabilidade reuniu 130 participantes e foi ministrada pelo especialista em engenharia econômica, professor e pesquisador do Núcleo de Sustentabilidade da Fundação Dom Cabral (FDC), Claudio Bruzzi Boechat, que iniciou sua fala explicando que o ser humano faz parte de um complexo universo e que estamos ultrapassando os limites do planeta. “A humanidade precisa trabalhar em relação a três limites que foram atingidos: a perda da biodiversidade, a alteração do ciclo natural do nitrogênio e as mudanças climáticas. A falta de equilíbrio gera uma reação em cadeia que influencia todos os processos produtivos”, ressalta Boechat.
Além de estimular a reflexão dos participantes a respeito da influencia que o ser humano tem no ecossistema, Boechat ainda enfatizou a importância das empresas saberem que, sendo de grande ou pequeno porte, todos estão conectados por seus processos produtivos. “As relações entre empresas se dão dentro da cadeia produtiva e essa cadeia tem relações com agentes de mercado que oferecem serviços a outras cadeias, como bancos e prestadores de serviço. Ou seja, não podemos nos restringir a uma área, pois tudo que é produzido passa por um processo produtivo”, esclarece.
Definindo prioridades
Como forma das empresas se prepararem e descobrirem quais os principais desafios das próximas décadas, o palestrante indicou que os gestores consultem o relatório desenvolvido pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável chamado Visão Brasil 2050 (link), que mostra uma perspectiva de desafios e oportunidades para o país. Boechat explicou ainda que os negócios sustentáveis precisam analisar e gerar mercados inclusivos a partir de novos modelos mentais incluindo mercados e públicos ainda não explorados.
Para definir os temas globais que precisam ser pensados e trabalhados pela empresa localmente, Boechat sugeriu a utilização de um quadro em que são definidos quais desafios que a empresa precisa dedicar atenção total ou parcial para evitar que eles interfiram na sua área de atuação (foto). “Os assuntos que ficam na área da Agenda Empresarial são aqueles que precisam ter os principais investimentos, pois não estão dentro das preocupações da sociedade. Já aqueles problemas que são de interesse da sociedade e da empresa, chamados de Agenda Positiva, devem ser acompanhados e apoiados pela empresa, pois também são importantes, mas contam com o apoio da população e muitas vezes com programas governamentais”, demonstra Boechat.
Além desses campos, existe ainda a Agenda Social, na qual a empresa pode influenciar e contribuir; e por último a Agenda Invisível, que a empresa deve monitorar, mas não tem muito influência. Após a definição de temas e desenvolvimento de ações, Boechat explicou como funciona o Modelo SESI de Sustentabilidade para a Competitividadeem que são aplicados questionários de avaliação interna e externa para análise das ações realizadas.
“Na parte interna da empresa avaliamos a cultura organizacional responsável; o ambiente de trabalho seguro, saudável e produtivo; e se as pessoas estão motivadas e pensam de forma inovadora”, explica Boechat. Na parte externa estão os públicos externos como fornecedores, concorrentes e clientes e que envolvem os desafios globais, brasileiros e locais da sustentabilidade.
A partir das respostas coletadas, é desenvolvida uma planilha de indicadores em que são destacados aqueles que precisam ser melhorados pela empresa e que influenciam diretamente na competitividade. Veja a apresentação completa aqui
Ao final do evento, a coordenadora executiva do CPCE, Rosane Fontoura, convidou todos a participarem do II Congresso CPCE: Educando na Sustentabilidade, que será realizado nos dias 02 e 03 de dezembro. Em breve mais informações.