Iniciativa do Núcleo de Comércio, Serviços e Apoio ao Desenvolvimento do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE) os Workshops de Responsabilidade Socioambiental Corporativa tiveram cinco edições durante o ano reunindo representantes de mais de 20 empresas. O projeto contou com palestras sobre Liderança Sustentável e Governança, ISO 26.000, Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), Indicadores Ethos e Relatório GRI e Levantamento e engajamento de Stakeholders.
Em sua última edição do ano, o V Workshop Responsabilidade Socioambiental Empresarial: Gestão Financeira e Sustentabilidade trouxe o administrador de empresas, mestre em Sustentabilidade Socioeconômica e diretor executivo da revista Geração Sustentável, Pedro Salanek, que iniciou sua fala promovendo a reflexão dos participantes sobre como a sustentabilidade realmente é tratada nos bastidores das empresas. Isso porque para algumas instituições esse conceito está mais no discurso do que nas práticas, pois mesmo sendo o lucro a finalidade essencial de um negócio as empresas deveriam criar valor social e ambiental para a sociedade.
“O sistema de preços através da oferta/demanda ainda é a forma como o mercado funciona. Então porque não ofertarmos mais produtos sustentáveis para atender a demanda de uma sociedade cada vez mais preocupada com as questões socioambientais?”, indaga Salanek.
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Ainda de acordo com o palestrante, infelizmente o termo sustentabilidade ainda é muito mal utilizado, mas esse debate ainda é muito recente e deve nortear as políticas das pequenas, médias e grandes empresas. Salanek ainda deu exemplos de empresas no ramo de cosméticos, automóveis, bebidas e energia que não ficam focadas apenas no sucesso dos seus produtos no mercado, mas sim nas exigências dos consumidores e nas demandas existentes com visão a longo prazo atingindo a liderança em seu segmento. “Sustentabilidade tem relação com o aproveitamento de oportunidades e inovação e estas empresas não são míopes”, enfatiza.
Para o engenheiro coordenador de projetos mecânicos da Landis+Gyr Equipamentos de Medição Ltda, Igor Pusch, o que mais se destacou nos eventos não foi a explicação sobre a importância de se trabalhar com a sustentabilidade, mas sim, mostrar como trabalhar isso no dia a dia. “Foi precisamente o ‘como’ que se destacou, e isso se dá unicamente através do alinhamento destes valores com a estratégia das empresas – ou seja, nenhuma ação ou projeto em sustentabilidade se mostra viável se não buscar atingir os interesses dos stakeholders, se não respeitar todas as dimensões básicas e clássicas da sustentabilidade, sendo que a dimensão econômica tem um peso muito forte nas decisões”, explica Pusch.
Além de mostrar como trabalhar com o tema, de acordo com o engenheiro o formato dos encontros também facilitou o aprendizado. “A abertura para debates enriqueceu os conteúdos das palestras trazendo as experiências e pontos de vista de cada participante, tornando os encontros mais dinâmicos, provocadores e naturalmente motivadores”, completa Pusch.
A sequência de eventos promoveu o debate com profissionais de várias instituições, entre elas podemos destacar COPEL, SANEPAR, Landis+Gyr, Tozetti & Tozetti Advogados, ISAE, MNREB, Braceras Ind. e Com., CSI Cargo Logística Integral, Carbomafra, Instituto GRPCOM, Arauco, Itapoá Terminais Portuários AS, Eco Ventures, Instituto Robert Bosch, BRDE, COHAPAR, Prima Platarum, Takto Comunicação, Dal Canal, Irthá Engenharia, Simpacel, Instituto Atmosfera 2, Grupo Revalore, Sigmafone entre outras pessoas interessadas no tema que participaram totalmente ou parcialmente dos workshops.
“Agradecimentos aos palestrantes voluntários da NOZ/ABRAPS, Sesi e Takao Consultoria e Revista Geração Sustentável”, finaliza a coordenadora executiva do CPCE, Rosane Fontoura.