Como facilitar o diálogo e engajar os stakeholders para elaborar estratégias de negociação e de gestão de uma empresa foi o tema do IV Workshop de responsabilidade Socioambiental Empresarial: Levantamento e engajamento de stakeholders promovido pelo Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE), instituição ligada ao Sesi Paraná, no último dia 23.
A palestrante e diretora de pessoas e sustentabilidade da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH – PR), Cíntia Takada, começou o evento fazendo uma dinâmica com os participantes fazendo-os refletirem sobre como atuam pensando nos resultados de alguma ação que tenham realizado e qual o fator chave para sucesso ou insucesso. O objetivo era ressaltar a importância do relacionamento com os públicos no dia a dia de uma empresa.
De acordo com a palestrante, stakeholders ou partes interessadas são as pessoas que estão direta ou indiretamente ligadas à empresa e às ações que são realizadas. “São pessoas, grupos ou organizações que são impactadas positiva ou negativamente pelas ações da empresa, ou que tem poder de influenciar os resultados”, explica Cintia.
Os stakeholders podem ser identificados como primários ou secundários. Os primários estão diretamente relacionados com a cadeia de valor da empresa, já os secundários têm interesse e influência no negócio mesmo sem participar diretamente de sua cadeia de valor.
A avaliação desses públicos começa pelo mapeamento das partes interessadas a partir dos critérios de impacto e influência. Após esta identificação, é necessário fazer uma priorização das partes interessadas em que os critérios utilizados são influência e dependência e a ferramenta para medição é a matriz de priorização.
A influência é medida por meio do grau de interferência que o stakeholder pode exercer na tomada de decisão ou no andamento do projeto, sem necessariamente ter poder formal para tanto. Já a dependência, vem do nível de dependência do stakeholder em relação à organização e pode ser em relação a recursos financeiros (salários, investimentos, pagamentos, doações e afins) ou não financeiros (insumos, trabalho, produtos, serviços).
Para a palestrante, o engajamento auxilia na manutenção da licença social de uma empresa, na criação de novos produtos e na manutenção de parcerias estratégicas. “O comprometimento dos públicos permite a elaboração de estratégias alinhadas aos interesses da sociedade. Engajar é dar voz a interessados legítimos em uma construção de ações mais sustentáveis, inclusivas e colaborativas”, ressalta Cintia.
E para as empresas que querem começar a trabalhar nessa área, a dica é identificar e elaborar ações específicas para cada público. “Fazendo a identificação dos stakeholders e mapeando a situação atual com cada público é possível começar o trabalho. Depois, desenhar ações de engajamento adequadas aos objetivos da empresa para cada público mapeado”, finaliza Cintia. Veja a apresentação completa aqui e o Manual de Implementação sobre Engajamento de stakeholders aqui.
Os Workshops de Responsabilidade Socioambiental Empresarial são encontros realizados ao longo do ano com o objetivo de levar os principais temas da área para os profissionais que procuram especialização neste setor.
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