Os recursos presentes no Fundo Estadual para a Infância e a Adolescência do Paraná (FIA/PR), administrado pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente do Paraná (CEDCA/PR) são uma ótima oportunidade para as entidades que estão captando recursos, para 2014 o orçamento previsto é de quase 100 milhões. Essas e outras informações foram tema do IV Workshop do Terceiro Setor: Práticas Compartilhadas promovido pelo Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE), instituição ligada ao Serviço Social da Indústria (Sesi), realizado dia 09 de outubro, em Curitiba.
A abertura do evento contou com a presença da coordenadora executiva do CPCE, Rosane Fontoura, e do coordenador do Núcleo do Terceiro Setor, Luciano Diniz. “Agradecemos o espaço oferecido pelo Sistema Fiep, a equipe de projetos que se disponibiliza voluntariamente, e o CPCE que acredita na nossa causa e faz esse núcleo acontecer”, enfatiza Diniz.
As informações sobre Captação de recursos pelo CEDCA/PR foram apresentadas pelo assistente técnico da Secretaria do Estado da Família e Desenvolvimento Social, Thiago Soares, que ressaltou as áreas disponíveis para financiamento de projetos. São oito linhas de ação: Garantir o direito à convivência familiar e comunitária; Financiamento das ações do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE); Promover o protagonismo juvenil; Capacitação e Qualificação da atuação dos atores do Sistema de Garantia de Direitos; Promoção dos direitos; Enfrentamento à Violência; Fortalecimento do Sistema de Garantia de Direitos; e Enfrentamento à drogadição e apoio à Saúde Mental. Essas linhas de ação representam uma ótima oportunidade das entidades elaborarem projetos e buscar os recursos existentes no CEDCA.
O FIA pode financiar totalmente, co-financiar ou apoiar as ações e que podem ser de execução do estado, dos municípios ou de entidades sociais. “O fundo não é exclusivo das instituições, ele atende toda a área de infância e adolescência no estado. O fundo do Paraná tem mais recursos que o próprio Fundo Nacional da Infância e da Adolescência, e isso é uma preocupação que o nosso estado tem de realmente estruturar o fundo para que ele possa atender às demandas”, ressalta Soares. Confira a apresentação aqui.
A Metodologia utilizada nas oficinas socioeducativas foi tema da palestra da supervisora de projetos da Ação Social do Paraná (ASP), Daiana Sprada. A ASP foi fundada em 1944, é uma organização sem fins lucrativos e membro da Cáritas atuante nas áreas da assistência social, educação e segurança alimentar e nutricional. As oficinas socioeducativas surgiram em 2006 e são realizadas com o apoio da Fundação de Ação Social (FAS) nas regiões do Tatuquara e Cajurú.
O foco principal é o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários e o protagonismo da população em situação de vulnerabilidade e/ou risco social referenciadas no Centro de Referência Assistência Social (CRAS). A oficina é realizada uma vez por semana durante oito semanas para 20 a 25 mulheres e nesses encontros são intercalados diálogos e cursos de artesanato, uma boa estratégia que as entidades podem utilizar para trabalhar com as comunidades. “A ideia partiu de utilizar o artesanato como uma ferramenta de aproximação dessa comunidade, de interesse dessas mulheres e trabalhar a partir dessa metodologia participativa para atingir os objetivos do desenvolvimento comunitário”, explica Daiana. Confira a apresentação aqui.
A diretora da Universidade Livre para Eficiência Humana (UNILEHU), Yvy Karla Abbade, apresentou seu case sobre “Sustentabilidade com parcerias privadas”. A Unilehu foi fundada em 2005 e tem como objetivo mobilizar os três setores da sociedade para a inclusão da pessoa com deficiência e da diversidade no mercado de trabalho.
Para atender melhor as empresas, a UNILEHU é dividida cinco pilares de atuação estruturados como forma de se mostrar às empresas com seus produtos e serviços: Serviço de Atendimento a Pessoa com Deficiência (SAPcD); Serviço de Atendimento a Empresas (SAE); Aprendizagem Profissional; Relações Institucionais; Projetos Institucionais. “É importante que as empresas nos vejam como aliados, não como fornecedores. O terceiro setor é um setor fantástico, com varias ideias, mas ainda precisa ser mais reconhecido e profissionalizado”, comenta Yvy. Confira a apresentação aqui.
“Programas de formação e empregabilidade” foi o tema da coordenadora pedagógica da Fundação de Asseio e Conservação do Estado do Paraná (FACOP), Maria Letizia Marchese. A Facop é uma entidade voltada ao ensino, capacitação e aperfeiçoamento dos profissionais de limpeza e seu encaminhamento ao mercado de trabalho. A entidade foi criada pelos sindicatos de empregados e patronal do setor, Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação de Curitiba (SIEMACO) e o Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação (SEAC – PR, antigo SICOP), exemplo de responsabilidade social sindical que pode ser replicada.
O Programa de Formação e Empregabilidade trabalha principalmente com pessoas que estão procurando recolocação profissional, por isso, o método utilizado precisa sempre acompanhar a aprendizagem dos alunos. De acordo com a coordenadora, no primeiro semestre de 2013 mais de 2.600 pessoas se inscreveram no curso, porém apenas 70% deles concluíram o curso. “O setor não tem o perfil de cobrar a cultura de educação dos trabalhadores, por isso alteramos nossos cursos fazendo com que tivessem duração mais flexível, mais rápida e que atendesse as demandas institucionais, mas sempre com qualidade”, destaca Letizia. Confira a apresentação aqui.
A organização não governamental Em Ação apresentou seu curso pré-vestibular de mesmo nome focando o tema “Mobilização e engajamento de voluntários” apresentado por Marcelo Guilherme. Fundada em 2002, o projeto tem como foco democratização o acesso ao ensino superior realizado por profissionais voluntários que somam 200 pessoas na entidade. Todas instituições do terceiro setor necessitam abrir espaço para o voluntariado e as dicas do palestrante foram úteis para os presentes.
De acordo com ele, é importante que o voluntário tenha comprometimento sobre aquilo que faz, pois a instituição
depende disso para sobreviver. “O voluntário tem compromisso o ano inteiro, hora para entrar e sair, meta para
cumprir. Somos uma instituição que vive há 13 anos com trabalho voluntário que em sua maioria
são ex-alunos, acadêmicos ou graduados, mestres e doutores”, finaliza Guilherme. Confira a apresentação
aqui.
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