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Elaboração de Projetos12/09/2013

Elaborar projetos é antecipar o futuro

Assunto foi tema da palestra da coordenadora executiva do CPCE, Rosane Fontoura, em evento em Curitiba
clique para ampliar>clique para ampliar1º Seminário Uninter de Capacitação para o 3º Setor (Foto: Bruna Cruz)

As Principais Diretrizes para Elaboração de Projetos Sociais foram tema da palestra da coordenadora executiva do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE), Rosane Fontoura, no 1º Seminário Uninter de Capacitação para o 3º Setor, que aconteceu no último dia 29. 

O evento contou com a realização de 10 palestras sobre os assuntos mais importantes para as instituições do terceiro setor, como voluntariado, contabilidade, captação de recursos públicos municipais e internacionais, marketing social, economia solidária, entre outros. A palestra de fechamento do evento foi realizada pela coordenadora executiva do CPCE que, entre outros pontos, destacou a importância dos elaboradores pensarem no panorama global mas principalmente nos indicadores dos objetivos de desenvolvimento do milênio local. 

Para exemplificar isso, Rosane fez um comparativo ao tripé da sustentabilidade: econômico, meio ambiente e social em relação ao Produto Interno Bruto do Brasil (PIB), em que o país está em 7º lugar, se pensarmos no meio ambiente, o Brasil ocupa 1º primeiro lugar em Biodiversidade, com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que o Brasil encontra-se em 85º. “Há estudos que constataram que se os brasileiros estudassem apenas mais dois anos na média a posição do país em relação ao IDH cairia pela metade. Educação sempre é importante e faz parte dos eixos para alcançar a sustentabilidade”, explica. 

Após fazer a contextualização, a coordenadora executiva do CPCE ressaltou que elaborar um projeto é antecipar o futuro e, para isso, precisamos incluir os 4 P’s: Políticas públicas, programas, e práticas. Isso porque os projetos precisam pensar no que as politicas públicas já fazem e se propõem, acessar os recursos que são disponibilizados nos Governos Federais e Estaduais nos Programas e realizar projetos que visem o alcance de objetivos estratégicos da nação, dos estados e dos municípios. 

A palestrante também fez uma dinâmica com os participantes convidando-os a fecharem os olhos e pensarem em um projeto e delimitar os seguintes pontos: O quê? Por quê? Para quem? Como? Com quem? Quando? E Quanto? Esses pontos são o início para o desenvolvimento de um projeto completo e objetivo que, em outras palavras e com mais tempo, seria equivalente à descrição do Objetivo Geral, Justificativa, Beneficiários, Metodologia, Cronograma e Orçamento, etapas comuns a todos os projetos.

Outro ponto levantado é que a contextualização do problema em um projeto é essencial para que se entenda a real necessidade da sua existência e o seu impacto. “O responsável pelo projeto precisa verificar se a comunidade e os beneficiários realmente querem o que irá propor. E os beneficiários devem ser inseridos na parte da execução dos projetos, não devemos fazer os projetos para as pessoas, e sim com as pessoas envolvidas aí sim teremos o protagonismo. O projeto é uma escolinha de futebol, mas os meninos querem aprender futebol ou música?”, indaga Rosane.

A palestrante fechou o assunto falando que é necessário que a entidade explique sua história, mostre seu trabalho e passe credibilidade nas ações e informações passadas. “O papel aceita tudo, porém devemos ter responsabilidade e comprometimento em realizar as ações previstas e entregar resultados baseados em indicadores”, finaliza. 

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