As Principais Diretrizes para Elaboração de Projetos Sociais foram tema da palestra da coordenadora executiva do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE), Rosane Fontoura, no 1º Seminário Uninter de Capacitação para o 3º Setor, que aconteceu no último dia 29.
O evento contou com a realização de 10 palestras sobre os assuntos mais importantes para as instituições do terceiro setor, como voluntariado, contabilidade, captação de recursos públicos municipais e internacionais, marketing social, economia solidária, entre outros. A palestra de fechamento do evento foi realizada pela coordenadora executiva do CPCE que, entre outros pontos, destacou a importância dos elaboradores pensarem no panorama global mas principalmente nos indicadores dos objetivos de desenvolvimento do milênio local.
Para exemplificar isso, Rosane fez um comparativo ao tripé da sustentabilidade: econômico, meio ambiente e social em relação ao Produto Interno Bruto do Brasil (PIB), em que o país está em 7º lugar, se pensarmos no meio ambiente, o Brasil ocupa 1º primeiro lugar em Biodiversidade, com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que o Brasil encontra-se em 85º. “Há estudos que constataram que se os brasileiros estudassem apenas mais dois anos na média a posição do país em relação ao IDH cairia pela metade. Educação sempre é importante e faz parte dos eixos para alcançar a sustentabilidade”, explica.
Após fazer a contextualização, a coordenadora executiva do CPCE ressaltou que elaborar um projeto é antecipar o futuro e, para isso, precisamos incluir os 4 P’s: Políticas públicas, programas, e práticas. Isso porque os projetos precisam pensar no que as politicas públicas já fazem e se propõem, acessar os recursos que são disponibilizados nos Governos Federais e Estaduais nos Programas e realizar projetos que visem o alcance de objetivos estratégicos da nação, dos estados e dos municípios.
A palestrante também fez uma dinâmica com os participantes convidando-os a fecharem os olhos e pensarem em um projeto e delimitar os seguintes pontos: O quê? Por quê? Para quem? Como? Com quem? Quando? E Quanto? Esses pontos são o início para o desenvolvimento de um projeto completo e objetivo que, em outras palavras e com mais tempo, seria equivalente à descrição do Objetivo Geral, Justificativa, Beneficiários, Metodologia, Cronograma e Orçamento, etapas comuns a todos os projetos.
Outro ponto levantado é que a contextualização do problema em um projeto é essencial para que se entenda a real necessidade da sua existência e o seu impacto. “O responsável pelo projeto precisa verificar se a comunidade e os beneficiários realmente querem o que irá propor. E os beneficiários devem ser inseridos na parte da execução dos projetos, não devemos fazer os projetos para as pessoas, e sim com as pessoas envolvidas aí sim teremos o protagonismo. O projeto é uma escolinha de futebol, mas os meninos querem aprender futebol ou música?”, indaga Rosane.
A palestrante fechou o assunto falando que é necessário que a entidade explique sua história, mostre seu trabalho e passe credibilidade nas ações e informações passadas. “O papel aceita tudo, porém devemos ter responsabilidade e comprometimento em realizar as ações previstas e entregar resultados baseados em indicadores”, finaliza.