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Comércio e Serviços27/08/2013

Mudança cultural é essencial para fortalecimento da sustentabilidade nas empresas

Indicadores Ethos e Relatório GRI foram abordados no III Workshop de Responsabilidade Socioambiental Empresarial

O Núcleo de Comércio, Serviços e Apoio ao Desenvolvimento (NCS) do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial, instituição ligada ao Serviço Social da Indústria (Sesi), promoveu no último dia 21 o III Workshop de Responsabilidade Socioambiental Empresarial que tratou dos temas Indicadores Ethos e Relatório GRI.

O evento tinha como objetivo mostrar aos participantes os indicadores e padrões utilizados para apresentar os resultados e ações voltadas para a sustentabilidade. O Workshop foi o terceiro de uma série de encontros realizados durante o ano com o objetivo de trazer os principais temas da área para os profissionais que procuram especialização na área.

A abertura do evento foi realizada pela articuladora do núcleo, Sandra Mara Martins Bortot, que deu as boas-vindas e apresentou a palestrante do evento, a socióloga mestre em História Social do Trabalho e Consultora em responsabilidade social pelo Sesi, Renata Fagundes.

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                                          para ampliarA palestrante do evento, a socióloga mestre em História Social do Trabalho e Consultora em responsabilidade social pelo Sesi, Renata Fagundes. (Foto: Gelson Bampi)

Para embasar os participantes, a palestrante começou o evento apresentando diversas ferramentas utilizadas para indicar e medir a responsabilidade socioambiental. Entre eles, destacaram-se o Balanço Social IBASE, Relatório Anual de Responsabilidade Social Empresarial (ETHOS), o Índice de Sustentabilidade Empresarial BOVESPA (ISE) e o Global Reporting Initiative (GRI). De acordo com Renata os indicadores ajudam a mostrar a viabilidade da sustentabilidade e ultrapassar a barreiras ideológicas que impedem muitas empresas de investir na área. “As ferramentas que mostraremos aqui são padrões, normas e referências que servem para internalizar a ideia de sustentabilidade e induzem a empresa a pensar de novo de acordo com esse novo paradigma”, completa Renata.

Outro ponto levantado pela socióloga é que os indicadores em si já revelam as fragilidades e problemas da empresa e, por isso, o exercício deve ser diário e não apenas no momento de elaborar o relatório. Da mesma forma, a palestrante ressaltou que os indicadores devem ser de conhecimento de todos os setores e não ficar centralizados em apenas uma pessoa.

Os indicadores Ethos são um instrumento de gestão estratégica que compreende normas, padrões, modelos e indicadores e que sugere parâmetros para a empresa desenvolver as ações de responsabilidade socioambiental empresarial. Além disso, eles promovem o gerenciamento dos impactos sociais e ambientais, são ferramentas de gestão e planejamento e instrumento para autoavaliação das práticas empresariais.

Analisando as ações como ‘um jeito de fazer negócios’, os indicadores ETHOS avaliam a partir de 7 temas: Valores, Transparência e Governança; Público Interno; Meio Ambiente; Consumidores e Clientes; Fornecedores; Comunidade; e Governo e Sociedade. Os indicadores são divididos em três tipos: Profundidade; Binários; e Quantitativos.

Já o Relatório GRI foi criado em 1997 organização internacional com sede em Amsterdã, na Holanda, cuja missão é desenvolver e disseminar globalmente diretrizes para a elaboração de relatórios de sustentabilidade como uma iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUD). O objetivo era melhorar a qualidade e a aplicação dos relatórios de sustentabilidade. A metodologia pode ser adotada por qualquer empresa e as companhias podem enviar o relatório a GRI para que a instituição analise sua conformidade com as regras e dê retorno sobre seus desempenhos.

Entre as vantagens de se utilizar esse relatório, Renata enfatizou o fato de ser global e tratar de múltiplos públicos (stakeholders) além de se basear no triple bottom line (eixos econômico, ambiental e social) e ter uma estrutura de governança aberta que complementa outras iniciativas e promove aprendizado e evolução.

O relatório GRI parte de 10 princípios para avaliação, 4 princípios de definição de conteúdo do relatório (Inclusão; Relevância e Materialidade; Contexto da Sustentabilidade; Abrangência) e 6 princípios para assegurar a qualidade do relatório (Equilíbrio; Comparabilidade; Exatidão; Periodicidade; Clareza; e Verificabilidade).

De acordo com a consultora do Sesi o mais importante é saber que sustentabilidade se alcança com ações coletivas e trabalho de todas as área da empresa. “Não se faz sustentabilidade sozinho, pois não existe o autossustentável. A sustentabilidade parte do conceito da interdependênciaa e repensar valorativo”, complementa Renata.Confira a apresentação completa aqui

Para uma das idealizadoras  do evento e representante da Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade (Abraps), Daniella Mac Dowell de Bastos Martins, , os workshops propostos pelos conselheiros  estão alcançando o objetivo principal de mostrar as ferramentas para a sustentabilidade empresarial. “O objetivo de disseminar esse conhecimento, de trazer pessoas que não têm contato com a área, mas que começam a entender um pouco mais está sendo atingido em todos os workshops. O assunto pode ser amplo, sistêmico e para alguns um pouco complexo mesmo o tempo sendo curto não importa, pois  as pessoas estão entendendo que existem ferramentas”, comemora Daniela.

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