A captação de recursos e mobilização de pessoas é um dos principais desafios que as instituições do terceiro setor precisam contornar para conseguir bons resultados em suas ações. Os editais disponibilizados pelo governo e por instituições privadas são alternativas para garantir o desenvolvimento e sobrevivência dos projetos de organizações não governamentais.
De acordo com a coordenadora técnica do Instituto Não Violência e conselheira do Núcleo do Terceiro Setor do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE) da Federação das Indústrias do estado do Paraná (FIEP), Adriana Cristina de Araújo Bini, as instituições precisam estar atentas para a área de atuação de cada seleção lendo atentamente os regulamentos para verificar se seu projeto está adequado com as características do edital. “Muitas vezes a instituição tenta ‘encaixar’ o seu projeto no que é solicitado pelo edital, mas não tem os conhecimentos e práticas voltados às características solicitadas. Vale atentar para o que propõe o estatuto da sua instituição, pois ali já está especificado seu propósito”, explica Adriana.
Além de ficar atento para a área de seleção dos editais, Adriana ainda ressalta a importância de incluir as informações corretas e de acordo com o projeto proposto para garantir que esteja tudo de acordo com as características das ações realizadas. “Outro cuidado é montar o projeto com calma, pois construir um projeto junto com os parceiros e beneficiados pode ser a garantia dos resultados ao final do mesmo”, completa.
Segundo a presidente do Instituto TMO/ Associação Alírio Pfiffer, também conselheira do núcleo do CPCE, Bettina Muradás, também vale lembrar que a instituição precisa estar com seus documentos em ordem para poder pleitear processos de captação de cursos. “É preciso estar com estrutura organizada, com sua situação de registros perfeitamente em ordem e contar com equipe treinada para executar e acompanhar o desenvolvimento do trabalho proposto, direcionando os recursos de forma objetiva e prestando contas de forma transparente”, explica.
O Instituto Não Violência já conseguiu aprovação em diversos editais, tais como Petrobras, Bovespa Social e HSBC, e Adriana dá a dica para as organizações que também buscam esse tipo de investimento. “Em geral, as empresas proponentes são bastante exigentes quanto à prestação de contas das atividades desenvolvidas e recursos aplicados e a instituição deve ter profissionais disponíveis para acompanhar os projetos e prestar contas de forma adequada”, enfatiza.
Além dos editais outras formas de captação também podem ser utilizadas. “Registro de projetos que possibilitem captação por renúncia fiscal, geração de renda por ações comunitárias de voluntariado, eventos, comércio e prestação de serviços. As instituições também podem motivar doadores permanentes para manutenção de um fundo próprio para ser aplicado nas suas responsabilidades estatutárias”, finaliza Betina.