O Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE) promoveu quinta-feria (19.04), em Ponta Grossa, a oficina de capacitação sobre o Pacto Global. Participaram 26 representantes de indústrias, instituições de ensino e organizações não governamentais. Lançado pela Organização das Nações Unidas (ONU) há mais de 12 anos, o Pacto Global é um chamado às empresas para a sua responsabilidade com o futuro do planeta. Contudo, a comunidade empresarial ainda não tem total conhecimento de como se tornar signatária.
Vitor Seravalli, facilitador da oficina, explica que as empresas que assumem o Pacto Global, assumem também um compromisso social. "O Pacto não prevê regulamentações aos negócios e sim propõe que as empresas comuniquem seu progresso e tornem público o que têm feito na área de responsabilidade social", explica.
Segundo o participante Alessandro Figueira, da Pincéis Tigre, após entender o significado do Pacto Global, a adesão é muito simples. "A barreira a ser vencida é a venda da ideia para os executivos e os conselheiros das organizações, pois todos os colaboradores, independente do nível hierárquico precisam estar cientes. É fundamental destacar que será uma ferramenta de fortalecimento nas relações da empresa com a sociedade", ressalta.
Conforme dados registrados no site oficial do Pacto Global, mais de oito mil empresas são signatárias. No Brasil são 396 e no Paraná são 77, entre empresas, instituições de ensino, organizações não governamentais e municípios. As empresas de Maringá e municípios vizinhos representam 27% das adesões em todo o estado, muitas delas mobilizadas por meio do CPCE.
Para o vice-presidente do CPCE Campos Gerais, Ney da Nóbrega Ribas, o evento foi muito positivo e didático. Ele ressalta que os empresários da região deveriam despertar para esse movimento que vai colocar as empresas que realmente tem consciência da responsabilidade social junto com tantas outras que são referências no assunto. "O mundo precisa de empresas que trabalhem de forma sustentável, ao passo que isso impacte positivamente na cadeia produtiva, na família de seus colaboradores e na sociedade como um todo", salienta.
Cascavel
Em Cascavel a oficina aconteceu na quarta-feira (25.04), no auditório do Sesi. Participaram cerca de 60 pessoas, entre elas empresários, presidentes de sindicatos da região Oeste do Estado e estudantes.
Edson José Vasconcelos, empresário, conselheiro do Sesi PR e integrante da diretoria da Fiep, comenta que toda empresa, seja ela pequena, média ou de grande porte percebe que há necessidade de relatar suas práticas de responsabilidade social. "No planejamento estratégico da minha empresa, por exemplo, existem objetivos voltados à sustentabilidade o que facilita uma possível adesão e a Comunicação de Progresso (COP). É importante destacar que independente do porte, toda empresa pode se tornar signatária. A oficina ajudou na organização de nossas ideias quanto ao tema", disse.
Programas e ações com foco na responsabilidade social já praticadas nas empresas podem estar alinhados com os princípios do Pacto Global, como comenta Tatiane Trespach, da área de responsabilidade social da Unimed Cascavel. "Hoje já trabalhamos em prol dos Objetivos do Milênio e pretendemos ainda este ano assinar o Pacto, para fortalecer e comunicar nossas ações. Acredito que é de fundamental importância oficinas como esta, pois ajuda no fortalecimento das atividades focadas na responsabilidade social corporativa", salienta.
Londrina
A terceira oficina sobre o Pacto Global, aconteceu na regional de Londrina e reuniu cerca de 20 empresários, interessados em conhecer mais sobre a inciativa e dispostos a colocar no papel as práticas de responsabilidade social corporativa.
Foram recebidos pela vice-presidente do CPCE Londrina, Kimiko Yoshi, que acredita que a região tem tudo para mobilizar a classe empresária pelos propósitos do Pacto Global. Para Kimiko, a campanha de adesão ao Pacto coloca o Conselho como agente transformador quando se fala em Responsabilidade Social Corporativa.
Rafaela Vieira Marinho, representante do Instituto GRPCom, acredita que quando uma empresa se propõe a atuar de forma socialmente responsável, ela deve buscar ferramentas que direcionem a gestão para esse propósito. "Nesse sentido a oficina de adesão ao Pacto Global é fundamental, pois é uma ferramenta que auxilia no direcionamento das ações. O Instituto GRPCom é signatário e utiliza a ferramenta para a gestão da Responsabilidade Social", comenta.