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30/08/2021

Seminário de Negócios Internacionais do Paraná

Com a missão de ajudar a articular as forças produtivas e o poder público, a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), por meio de seu Centro Internacional de Negócios (CIN-PR), e os World Trade Centers (WTC) Curitiba, Joinville e Porto Alegre realizaram, nos dias 24 e 25 de agosto de 2021, o primeiro Seminário de Negócios Internacionais do Paraná, que reuniu 17 experts em internacionalização de empresas, serviços e produtos paranaenses, além de representantes do governo municipal, estadual e federal, da indústria e de agências de fomento.

O Seminário de Negócios Internacionais do Paraná reuniu experts em internacionalização de empresas, serviços e produtos paranaenses, além de representantes do governo municipal, estadual e federal, da indústria e de agências de fomento. O evento online foi transmitido no canal do YouTube do WTC.

A abertura do Seminário, pela manhã, contou com as presenças de Carlos Valter Martins, presidente da Fiep, e Daniella Abreu, presidente do WTC Curitiba, Joinville e Porto Alegre. “Eventos como esse enfatizam o engajamento do Paraná e o potencial de nossas empresas em se internacionalizar. Com união de forças do setor produtivo e industrial, colocamos à disposição dos players paranaenses a rede do World Trade Centers Associations (WTCA) para oferecer nossos produtos e serviços para o mundo”, afirmou Daniella.

Para Martins, a Fiep busca ser um indutor para negócios internacionais. “Como industrial, sempre acreditei nos relacionamentos comerciais entre países, que podem ser incrementados por agentes como a Fiep. Com o CIN/PR, daremos sequência a este movimento. Ainda aproveitamos pouco as interações na Região Sul, em que saúdo a atuação do WTC em sintonia nos três estados, e também na América do Sul, principalmente no potencial de comércio, indústria e turismo. A evolução dos negócios é possível e a Fiep está à disposição.”

Na programação do primeiro dia, a sessão da manhã “Relações Internacionais e Comércio Exterior: incertezas e atuação governamental” (clique aqui para assistir) foi mediada por Isabela Andrade, analista de Relações Internacionais da Fiep, e contou com apresentações de Rodolpho Zannin Feijó, assessor de Relações Internacionais da Prefeitura de Curitiba; Giancarlo Rocco, diretor de Desenvolvimento Econômico e Relações Internacionais da Invest Paraná; e Gabriel Isaacson, coordenador do escritório Sul da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex). “Curitiba ocupa um papel importante geograficamente na região do Mercosul. Somos um polo de inovação com a força econômica do Paraná, próximos ao Porto de Paranaguá, localizados entre São Paulo e Buenos Aires. Isso reforça a necessidade de encontrar soluções coordenadas e inovadoras para o futuro. Nosso cenário internacional vive uma erosão do sistema de cooperação exclusivo das nações. A autonomia jurídica que temos para essas cooperações torna cada vez mais evidente que o papel está migrando para cidades e regiões, em uma diplomacia paralela. A interação multisetorial é fundamental nesse sentido, com o espaço público servindo para o diálogo com os setores produtivos e a academia”, reforçou Feijó.

O secretário destacou ainda que planejamento de longo prazo é necessário para a cidade, com a Agenda 2030. “Realizamos o encontro dos Brics, há dois anos, o maior evento diplomático em 15 anos. Uma semana depois, concretizamos possibilidades de financiamento e ajuda para Curitiba, como a Agência Francesa, o BID e o Banco dos Brics. Temos investimentos de R$ 1,6 bilhão previstos para os próximos cinco anos para desenvolver agendas internas no enfrentamento das mudanças climáticas, dentro das prioridades do Encontro de Paris.”

Giancarlo Rocco detalhou a atuação da Invest Paraná com foco na geração de emprego e renda. “Isso também envolve o auxílio à internacionalização. Quando uma empresa vem nos procurar, busca informações de inteligência de mercado, programas de incentivo e crédito e busca da localidade. Temos atuado fortemente com os municípios, para munir de dados na tomada da decisão correta a partir do nicho de atuação. Também pela identificação de fornecedores e interface com outros órgãos de governo. A Invest foi pensada como porta de entrada única com tudo que é necessário, para reduzir as burocracias com o governo estadual.”

Costumamos dizer que ‘montamos a festa e colocamos o salão a disposição’, mas se não existe um ator com o potencial do Paraná, nada é feito. A exemplo da presença na Expo 2020 em Dubai, que foi adiada para este ano. Temos quase 60 projetos setoriais com 5.585 empresas apoiadas. Estamos à disposição para dar foco ao Paraná e a todas as potencialidades do estado. Acredito nos negócios internacionais como esforço integrado de inserção do Brasil nas cadeias globais. O tempo de apenas exportar mudou e o nosso foco deve ser olhar de fato a inserção do país no ambiente global”, afirmou Gabriel Isaacsson, da Apex.

Já a sessão da tarde, a partir das 14h, abordou “A busca das empresas pela competitividade no mercado externo” (clique aqui para assistir), com exemplos de sucesso e apresentação de experiências de empresas paranaenses. Com mediação de Isabela Garcia, assessora de relações internacionais da Invest Paraná, o encontro online contou com o analista de relações internacionais da Fiep, Eduardo Ribas; a diretora executiva da Carob House, Eloisa Orlandi, que apresentou o case de internacionalização da marca; Gislayne Muraro, diretora executiva da ADVB-PR; e Pablo Prado, vice-presidente de vendas na América Latina do Straumann Group, que adquiriu em 2015 a Neodent; Rui Lemes, diretor da Fecomércio-PR; Ricardo Dellaméa, consultor do Sebrae-PR; e Alisson Sato, sócio gerente da Qualinova – empresa de alimentação inteligente, fundada em Pinhais em 2008, que se tornou case de exportação e está presente em países como Paraguai e Estados Unidos.

A Neodent foi fundada em 1993 em Curitiba, inaugurando sua primeira filial internacional em 2006, em Lisboa. Em 2012, a Straumman adquiriu 49% da Neodent, com a aquisição total concluída em 2015. O desafio foi transformar a Neodent em uma empresa competitiva no mercado internacional. Como investimentos, R$ 190 milhões estão sendo direcionados para a nova fábrica, com geração de 700 novos empregos e novas unidades de negócio”, detalha Pablo Prado.

Com 56 anos de atuação, a ADVB representa profissionais de vendas e marketing no Paraná. “Acompanhamos como mudou a forma de se fazer marketing, que evolui com a tecnologia e as ações humanas. Investimos muito na capacitação dos profissionais, e no networking para conhecer as boas práticas em empresas que estejam se internacionalizando. Temos na ADVB casos de empresas assim”, conta Gislayne Muraro.

Já Eloisa Orlandi apresentou o case dos produtos da Carob House. “Como matéria-prima, a alfarroba é conhecida no exterior. Mas com a qualidade que oferecemos, sem glúten, sem açúcar, sem leite, com alto valor nutricional agregado, ainda é pouco consumido. Entre os desafios, por exemplo, está a entrada no mercado suíço, que consome o chocolate tradicional de cacau. E estamos atentos às tendências, como a alta do veganismo nos últimos anos. Há 17 anos, quando surgimos, era bem complicado vender um produto assim. É fundamental prepararmos este caminho em busca da competitividade.”

“Quando falamos em internacionalizar o negócio, vai além de importar ou exportar. Trata-se de melhorar como player do mercado, interno e externo. Se tornar mais competitivo por meio de uma estratégia ampla e abrangente em toda a cadeia de suprimentos de negócios. É isso que buscamos com a atuação de fomento internacional do Sebrae Paraná”, enfatizou Ricardo Dellaméa.

Na terceira e última sessão do Seminário de Negócios Internacionais do Paraná, o debate foi sobre as “Relações comerciais do Paraná com a América Latina: oportunidades e prioridades” (clique aqui para assistir), para aproximar o empresariado paranaense do mercado internacional, com ênfase em informações sobre exportações e investimentos no Chile, Peru, Paraguai e Colômbia. Estiveram reunidos Gabriel Ralile, representante do Chile; Cauê Oliveira Fanha, chefe do Setor de Promoção Comercial e Turismo da Embaixada do Brasil em Lima; Antonio Carlos Dos Santos, presidente da Câmara de Comércio Paraguai-Brasil; e Ana Milena Cortazar Mejía, diretora internacional e de uso de acordos comerciais da Associação Nacional de Empresários da Colômbia (ANDI). A mediação foi feita por Hiago Tavares, gerente de Negócios Internacionais do WTC Curitiba.

Apresentando a Aliança do Pacífico, bloco econômico que reúne Chile, Colômbia, México e Peru, Ana Milena destacou que os protocolos comerciais preveem a construção de uma área de integração em livre circulação de bens, serviços, capitais e pessoas. “O objetivo da Aliança é impulsionar o crescimento, o desenvolvimento econômico e a competitividade dos países integrantes, convertendo-se também em plataforma de articulação política e comercial com ênfase na região da Ásia e do Pacífico.” Somados, os quatro países reunidos na Aliança do Pacífico são a oitava economia mundial, com 37% do PIB da América Latina, 35% da população latina (229 milhões de habitantes) e inflação média de 3%. Por sua vez, Santos destacou as vantagens comparativas do ambiente econômico do Paraguai. “Temos o maior crescimento projeto na América Latina entre 2020 e 2024, a menor taxa de impostos indiretos da região, além da menor taxa corporativa. Os custos de energia na região também são os mais reduzidos, em uma economia marcada pela resiliência a efeitos externos, crescente diversificação e população mais jovem da região.

 

Fonte: Blog do WTC Curitiba (com adaptações)