Fiep e Copel firmam parceria para construção do Mapa Energético do Paraná

O presidente do Sistema Fiep, Edson Vasconcelos, e o presidente da Copel, Daniel Pimentel Slaviero, assinaram na noite desta terça-feira (4/6), no Campus da Indústria, em Curitiba, um Termo de Cooperação entre a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e a Copel para a construção do Mapa Energético do estado. A intenção é reunir dados e informações sobre a produção, transmissão, distribuição e consumo de energia elétrica no Paraná e traçar um perfil do crescimento previsto para os próximos 10 anos.

O presidente do Sistema Fiep, Edson Vasconcelos, agradeceu a receptividade da companhia em se abrir ao diálogo com o setor produtivo e estabelecer esta parceria. “Tratar de temas que são grandes desafios para o crescimento da indústria são necessários e fundamentais. Temos um debate em curso e agora daremos um grande passo para avançarmos nas demandas energéticas do setor”, disse o presidente. “Esse projeto é imprescindível o Paraná, para a Fiep e para a Copel e vai ser um marco para juntos evoluirmos com as questões que resultem em energia elétrica de qualidade para a indústria”.

Daniel Pimentel Slaviero destacou que esse termo de cooperação é algo inédito no Brasil e será referência para outros estados. “Essa parceria com visão de longo prazo certamente vai ajudar no processo de desenvolvimento do nosso estado e de outras unidades da federação”, enfatizou. O presidente da Copel ressaltou que o PIB do estado cresceu o dobro da média nacional em 2023, com alta de 5,8%, e que esse resultado não aconteceu por acaso. “Um desempenho assim não acontece sem energia e sem o arrojo do empresário. Temos um grande desafio com as questões climáticas, mas temos muitas oportunidades de melhoria. Vamos trabalhar juntos nesse projeto, nos próximos 12 meses, para nos prepararmos ainda mais para suportarmos este crescimento exponencial do Paraná”, concluiu.

Na sequência, o diretor de Novos Negócios da Copel, Cássio Santana da Silva, apresentou as iniciativas da companhia para construção do Mapa Energético do Paraná. Já o diretor geral da Copel Distribuição, Maximiliano Andreas Orfali, falou sobre os investimentos da empresa nos últimos anos e os projetos que estão previstos para os próximos meses.

Sobre o Mapa Energético do Paraná

O Mapa trará informações a respeito de produção, transformação, consumo de energia e projeção de crescimento no estado na próxima década. A ideia é que seja uma ferramenta para análise da estrutura e evolução da matriz energética do estado e possa servir de base para subsidiar estudos de planejamento, política energética e análise de investimentos públicos e privados.

Pelo termo, a Fiep se compromete a utilizar sua expertise na construção de abordagens prospectivas que respondam às necessidades institucionais, empresariais, setoriais e territoriais vinculadas ao desenvolvimento industrial sustentável. Isso se dará por meio da atuação do Conselho Temático de Energia, que tem o propósito de observar boas práticas, tendências e trabalhar de forma conjunta com foco no desenvolvimento do setor produtivo no Paraná. A entidade fará a pesquisa de projeções de consumo dos principais consumidores de energia para os próximos 10 anos.

Já a Copel, ficará com a atribuição de disponibilizar informações para a composição do Mapa, que também fornecerá insumos para a própria concessionária de energia e suas subsidiárias no planejamento da expansão do sistema e potenciais análises de oportunidades de negócio.

Entre as principais atividades previstas pela Fiep nos próximos 12 meses, estão tratar os dados brutos cedidos pela Copel, referentes ao atual cenário de geração, transmissão e distribuição e subestações elétricas no Paraná. Na sequência, levantar e analisar estes mesmos dados disponibilizados por outros agentes do setor elétrico que atuam no estado.

A Fiep também fará uma ampla pesquisa sobre o cenário atual e a previsão de consumo de energia nos próximos 10 anos na região. Essas informações são necessárias para que a Federação possa prever o consumo de novos entrantes, os investimentos que devem ser feitos no curto, médio e longo prazo e o potencial para adoção de outras fontes renováveis de energia.

A assinatura do Termo de Cooperação contou com a presença de mais de 60 lideranças industriais, membros da diretoria da Fiep e presidentes de sindicatos de diversas regiões do estado.