Nesta quarta-feira, dia 03 de agosto, o juiz federal Marlos Melek esteve em Curitiba com a palestra “Como evitar passivos trabalhistas no momento da retomada”. Convidado especial do Sistema Fiep, por meio da Gerência de Relações Sindicais, o magistrado esclareceu vários pontos da legislação federal que geram dúvidas nos empresários e apontou caminhos para uma boa relação com os trabalhadores.
Durante a palestra, ele revelou que as horas extras continuam sendo o assunto com mais ações na Justiça do Trabalho. No entanto, a maior dúvida dos industriais, segundo Melek, é na área de terceirização e de contratação de microempreendedor individual (MEI).
“Muitos industriais estão partindo para essa forma de contratação. A Justiça do Trabalho ainda reconhece fortemente os vínculos de trabalho de quem contrata um MEI para substituir um empregado. Então, o risco é elevado”, aponta.
Melek, além de juiz federal do Trabalho, tem experiência como empresário e chegou a empregar mais de dois mil colaboradores direta e indiretamente. Assim, a palestra com o magistrado também proporcionou aos industriais um momento de troca de experiências e networking.
Sobre a reforma trabalhista, Melek afirma que, com ela, o Estado se relaciona com o empresário de maneira menos hostil no que diz respeito à legislação trabalhista. “A CLT, assim como toda a legislação, é igual para todas as indústrias, pequenas e de grande porte. Por isso, é muito importante conhecer as regras e saber transitar sobre elas, para largar na frente e criar diferenciais competitivos dos negócios.”
O circuito de palestras do juiz federal Marlos Melek é coordenado pela Gerência de Relações Sindicais. Os próximos eventos com o magistrado acontecem em Pato Branco, no dia 31 de agosto, e em Ponta Grossa, no dia 22 de setembro.
Confira a seguir os principais pontos da entrevista:
Melek também abordou em sua palestra os impactos da crise gerada pelo coronavírus para os empresários:
Empregabilidade e propósito
O evento contou ainda com as palestras dos professores Ruy Sant’ana e Dario Paixão, que falaram sobre “A Longevidade nas Empresas: propósito” e “As habilidades para a trabalhabilidade. O futuro do trabalho, tecnologia e robótica.”
“Instigo o empresário a pensar sobre o propósito da sua organização e se os funcionários também estão engajados nesse propósito. Esse é um ponto fundamental quando pensamos em empresas centenárias, longevas. Elas têm um propósito”, comenta Sant’ana.
Já Paixão apresentou a empregabilidade como uma mate-competência. “É importante falar do futuro do trabalho e dos desafios, tanto tecnológicos como sociais. O profissional precisa se desenvolver para se tornar mais relevante no mercado de trabalho e as empresas precisam compreender a importância de atrair e manter talentos com hard skills e soft skills, com aquilo que chamamos de RH 4.0, ou smart RH”, aponta.
