O Governo do Paraná vai realizar o maior programa de modernização energética na área rural do Estado. Lançado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior no fim de outubro deste ano, o programa Paraná Trifásico será implantado pela Copel e envolve investimentos de R$ 2,1 bilhões e 25 mil quilômetros de redes trifásicas de energia no campo, em todo o Paraná, até 2025.
É o maior investimento da Copel Distribuição e o principal do país nesta área. A espinha dorsal da rede de distribuição no campo será trifaseada, substituindo a tecnologia monofásica hoje existente (que existe hoje, foi implantada na década de 1980.
A modernização, afirmou o governador, acompanha o desenvolvimento do agronegócio paranaense, que é cada dia mais produtivo. “É o maior programa do Brasil de linha trifásica, que trará um aumento de produtividade a todo o setor, desde o pequeno agricultor até as grandes cooperativas”, disse Ratinho Junior.
Ele ressaltou que um produtor que tenha uma granja de frango, por exemplo, muitas vezes não consegue ampliar a produção porque a rede não aguenta os equipamentos ou as novas tecnologias. O novo sistema elimina essa dificuldade. “O programa vai transformar as cadeias produtivas do leite, da avicultura, piscicultura e suinocultura e, acima de tudo, vai levar uma energia de qualidade, garantir que não tenha queda e dar a tranquilidade para o Paraná crescer nos próximos 30 anos”, completou.
O presidente da Copel afirmou que o investimento eleva a área de distribuição da companhia a outro patamar. “O programa vai atender melhor o nosso consumidor, permitir que ele continue crescendo e melhore a sua produção para contribuir com o desenvolvimento do Estado”, afirmou.
“A Copel terá um benefício triplo: ela melhora o fornecimento de energia, reduz os custos, porque a rede demanda um custo menor de manutenção, e aumenta sua base regulatória, por onde é remunerada pelos seus ativos”, explicou Slaviero.
Qualidade no fornecimento
Com o Paraná Trifásico, a Copel vai garantir melhoria da qualidade no fornecimento de energia para o campo, além de renovar seus ativos e prover mais segurança aos seus empregados e à população. Os novos cabos são todos protegidos, com nível de resistência reforçada, quando atingidos por galhos de árvores ou outros objetos.
Hoje, redes isoladas sofrem com a queda de energia. Com o trifaseamento, haverá interligação entre elas. O efeito será a criação de redundância no fornecimento, ou seja, redes que hoje estão próximas, mas não se conversam, passarão a ser interligadas. Se acabar a energia em uma ponta, a outra fornece o abastecimento e, em caso de desligamentos, os produtores rurais terão o restabelecimento da energia mais rápido.
Principais beneficiados
Culturas que dependem da energia elétrica intensiva para a sua produção, como de leite e derivados, suinocultura, avicultura, piscicultura e fumo, serão as grandes (principais_) beneficiadas. O reforço nas redes também será importante para a irrigação das lavouras e abastecimento de água pelos poços artesianos, que dependem de energia de qualidade.
O secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, afirmou que o investimento representa um grande ganho para o agronegócio paranaense. “Energia é um insumo cada vez mais importante no campo. A produção evolui na mecanização, digitalização e nos processos de produção de animais, que têm uso intensivo de energia”, explicou. “O agronegócio paranaense cresceu muito, mas não houve investimentos mais consistentes na área energética que acompanhasse esse crescimento”, afirmou.
Com informações da Agência de Notícias do Paraná.
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