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A Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) e a Itaipu Binacional devem iniciar a fase de captação de investidores para o Projeto Green Silicon no fim do ano. A iniciativa visa favorecer o desenvolvimento industrial da região da fronteira do Brasil com o Paraguai, em especial no oeste do Paraná, e construir os primeiros módulos fotovoltaicos verticais integrados do país.

"Agora estamos na fase de começar a trazer investidores, que poderão trabalhar em um mercado que tem perspectiva de crescimento não só no Brasil, mas na América Latina. Além disso, hoje a matriz energética do Brasil é hidroelétrica, e o país tem clima tropical, onde a pior irradiação solar é superior a melhor da Alemanha, por exemplo", afirma Reinaldo Tockus, superintendente do Sistema Fiep.

O projeto tem como objetivo instalar fases industriais de Lingote e Wafer, no Paraguai, as quais importarão o Polysilício de fornecedores internacionais. Já no Brasil serão instaladas as fases células e painéis. A expectativa é que o projeto produza 1,72 MWp de energia limpa através de 6.800.000 painéis/ano, de 250 Wp cada.

Tockus explica que "se houver um real interesse da comunidade, das indústrias e dos governos, e se efetivamente usarmos tecnologia, nós podemos ter mudanças extremamente positivas, principalmente na redução de gastos em energia e na qualidade de vida da população, sem contar em mobilidade urbana. A energia solar, em função ao potencial que existe no Brasil, pode a vir a baratear muito a energia elétrica no país e logicamente favorecer a mobilidade urbana, hoje muito incipiente ainda. Pode se tornar uma modalidade muito relevante para a população".

Durante a fase de funcionamento do projeto do Green Silicon, a expectativa é criar 4.310 empregos diretos, com geração de renda da ordem de 54,8 milhões de euros e valor agregado de 113,4 milhões de euros anuais. Os governos do Brasil e do Paraguai podem se beneficiar ainda com as receitas provenientes de impostos.

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