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Pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Embrapa Florestas estão produzindo fertilizantes nitrogenados de liberação lenta. Os novos produtos, desenvolvidos em laboratório, possuem potencial para aplicação na agricultura, e se utilizados em larga escala, diminuirão o impacto ambiental causado pela liberação descontrolada de fertilizantes comuns no solo. Podem inclusive ser melhor aproveitados pelas culturas vegetais.  Em teste, o produto já atingiu os requisitos de liberação lenta exigidos pela norma europeia para adubos (DIN 13266) e apresentou perfil de liberação lenta em água.

O produto tem nanofibras feitas de polpa de celulose de pinus, alginato de sódio e nanopartículas de sílica biogênica como matriz. A inovação está no uso de uma matriz polimérica composta por matérias de fontes verdes e renováveis aplicadas para melhorar a eficiência de fertilizantes.  Comparado com químicos utilizados na agricultura, o novo fertilizante reduz a perda do nitrogênio, o que causa danos ambientais e eleva o custo de produção. 

O trabalho está sendo desenvolvido pelo estudante de doutorado Mailson de Matos, do curso de Engenharia e Ciência dos Materiais da UFPR, e coordenado pelo pesquisador Washington Luiz Esteves Magalhães, da Embrapa Florestas. Segundo eles, as perdas de nitrogênio variam de acordo com a forma de aplicação do fertilizante, podendo variar de 30% a 80% do total aplicado.

As próximas etapas de desenvolvimento do produto dependem do interesse comercial de indústrias químicas. Magalhães explica que "ainda será preciso realizar a liberação do nutriente em solo, avaliar se existe correlação entre a liberação do nitrogênio e as necessidades nutricionais das principais culturas vegetais e a interferência da substituição de parte do alginato de sódio por nanofibrilas de celulose". Além do aspecto ambiental positivo, o novo fertilizante pode representar uma economia financeira, já que os produtos nitrogenados comuns podem registrar perdas de nitrogênio que chegam a 80% do total aplicado. 

Com informações da Farming Brasil e Embrapa.

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