clique para ampliarclique para ampliar (Foto: Divulgação)

Um consórcio de agências de fomento à pesquisa, federais e estaduais, ao lado de outras organizações do Brasil e do exterior, dará início ainda este ano ao Centro de Síntese em Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (SinBiose). A iniciativa será a primeira na região tropical, a exemplo de outras em operação no Canadá, Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido e Austrália.

O objetivo é integrar dados de pesquisa espalhados por diferentes centros, a fim de avançar o conhecimento científico e procurar resolver problemas da sociedade, por meio de iniciativas junto a comunidades e órgãos governamentais.

Algumas definições para o SinBiose foram estabelecidas durante workshop realizado em setembro no Instituto de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo (USP). Segundo Marcelo Morales, vice-presidente do CNPq, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) garantiu alocar R$ 1 milhão para o início das atividades.

"Temos que começar e decidimos começar virtualmente. Mas precisamos agora mostrar os resultados. Com isso, tenho certeza de que iremos convencer não apenas o Congresso, mas as agências e os ministérios [a colocar mais recursos na iniciativa]", disse Morales durante o evento.

"A ideia de criar um centro de síntese é a possibilidade de reunir dados já disponíveis em projetos voltados para a solução de problemas, seja de uma bacia hidrográfica ou uma cidade, e utilizar essa síntese para o aperfeiçoamento e a implementação de políticas", disse o organizador do evento Carlos Alfredo Joly, professor do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenador do programa BIOTA-FAPESP.

Uma das primeiras ideias para a criação de um centro de síntese em biodiversidade no Brasil teria vindo principalmente após as recomendações do relatório científico de 2015 do programa Pesquisa Ecológica de Longa Duração (PELD).

Para Jean Paul Metzger, professor do Instituto de Biociências da USP e membro da coordenação do programa BIOTA-FAPESP, um centro como esse, segundo no hemisfério Sul e primeiro na região tropical, possibilita uma colaboração mais ampla, com uma nova geração de pesquisadores mais colaborativos compartilhando dados e criando novas ideias, hipóteses e modelos com dados existentes. Além disso, promove uma abordagem inter e transdisciplinar, facilitando a sinergia entre ciência e políticas públicas.

A estrutura inicial do SinBiose seria composta de um comitê científico, assessorado por um comitê consultivo internacional. Além disso, haveria um corpo administrativo e um time operacional de tecnologia da informação, comunicação e assistência educacional.

O modelo inclui ainda um diretor científico, assim como pós-doutores, todos em regime de dedicação exclusiva ao centro. Além deles, pesquisadores experientes dedicados exclusivamente ao centro por um período determinado trabalhariam no SinBiose. Os membros dos grupos de trabalho devem se reunir uma ou duas vezes por ano para verificar o andamento dos trabalhos e definir os próximos passos.

Com informações da Agência FAPESP.

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