clique para ampliarclique para ampliar (Foto: Divulgação)

O segmento da moda tem evoluído e está utilizando cada vez mais a tecnologia. A indústria 4.0 no setor têxtil está revolucionando o modelo de negócios das indústrias de confecção para atender um mundo superconectado e imediatista, que segue o conceito "see now, buy know". O movimento requer uma mudança radical das empresas do segmento têxtil. Esse foi um dos temas da mesa-redonda do ID Talk, que aconteceu no dia 26 de setembro, durante o ID Fashion - evento realizado pela Fiep e correalizado pelo Sebrae-PR.

Akihito Hira, estilista que participou do evento, ressaltou que alinhar a tecnologia ao design de moda é a grande sacada no momento. "Se formos pensar o que é a indústria 4.0 dentro do conceito da indústria temos que alinhar tecnologia às pessoas. Não podemos esquecer que o lado humano está aí. Além disso, temos que pensar que o perfil do profissional da indústria vai mudar, necessitando novas competências. Existe ainda muito desafio ainda pela frente. Atualmente ainda estamos engatinhando, mas já existe essa consciência, os empresários já entenderam que têm que se adaptar", afirma.

Alguns especialistas do setor acreditam que a indústria 4.0 será a responsável pela "desglobalização" da produção, quando as novas tecnologias e legislação ambiental reduzirão a globalização aos poucos. Essa transformação industrial na moda auxiliará na construção de modelos de produção mais rápidos, personalizados, eficientes e rentáveis.

O estilista está trabalhando em um projeto realizado no Senai CETIQT, no Rio de Janeiro, que desenvolverá a Alfaiataria 4.0. "O nosso desafio, agora, é pensar na alfaiataria e as novas técnicas que queremos empregar possuem estes princípios da Indústria 4.0. A proposta é atender o cliente de maneira personalizada e individualizada. Além disso, a forma convencional como é feita é extremamente demorada, tem muitas provas de roupas e pode demorar até quatro meses. A nossa ideia é entregar esse produto personalizado em três dias", garantiu.

Akihito Hira também está produzindo uma máquina de escaneamento corporal. O produto já é uma realidade em países como França e Estados Unidos, e define todas as medidas do cliente sem necessidade de fita métrica. "Tudo começa com um escâner corporal (tomada de medidas), que alimenta um programa, que poderia modelar automaticamente a roupa para o corpo.  Pense que bacana você usar um aplicativo de celular para comprar uma roupa sob medida. Com a 4.0 aplicada, temos a facilidade da customização e sob medida. Larga escala de roupas perfeitas, feitas para você", explica. A ideia do estilista é que o escaneamento corporal fique na nuvem e gere uma modelagem automaticamente no escritório. Assim, o pedido, no caso, poderia até mesmo ser feito por um aplicativo, contanto que a pessoa já tenha o seu corpo escaneado.

Com informações dos sites Exame.com e Heloisa Tolipan.

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