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A destinação de resíduos da construção civil pode ser uma dor de cabeça para o setor.
Uma das destinações pode ser o uso em construção e manutenção de estradas rurais.
Foi o que concluiu o engenheiro florestal Marcelo Langer em sua pesquisa pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná
(UTFPR).Intitulada “Uso de resíduos da construção e demolição
na forma de agregados de resíduos mistos e resíduos de concreto (ARM e ARC, respectivamente) da Construção
Civil e Demolição em estradas rurais e vicinais”, o estudo prevê vantagens como redução
de custos para obtenção de cascalho, ganho e agilidade para liberação de construção
e reforma de estradas e redução de custos de transporte de materiais para recapeamento.
Langer percebeu, ao longo de 20 anos de experiência à frente de projetos florestais,
que observando normas ambientais e com alguns cuidados era possível trocar o cascalho na manutenção de
estradas florestais por resíduos da construção civil e de demolições. “Existem algumas
restrições, alguns cuidados com materiais perfurocortantes como pregos e outros provenientes de ferro e de aço
que podem causar danos às máquinas e aos pneus. E também ausência de borracha, papel, cal, plástico”,
diz o engenheiro.
Segundo ele, a falta de infraestrutura adequada causa problemas graves. As estradas, muitas
vezes, são longas e passam por áreas que dificultam o tráfego de matérias-primas como madeira,
carne, leite e outros derivados da agricultura afetando toda uma cadeia produtiva. Também causa problemas de mobilidade
já que as pessoas ficam retidas, muitas vezes sem acesso a água e a alimentos, as crianças ficam impedidas
de ir à escola, entre outros.
Com informações do Painel Florestal e Central Cultura de Comunicação.