Enciclopédia Barsa no papel resiste à era da internet - Fiep - Boletins Setoriais - Florestal, celulose, papel e gráfica

(Foto: Divulgação)

Há seis anos a Encyclopaedia Britannica anunciou o encerramento da sua edição impressa, parecia o começo do fim de um modelo de coleção de livros que durou séculos. Porém, não foi o que aconteceu aqui no Brasil, a Enciclopédia Barsa segue firme e forte no papel. Desde 2000 a marca pertence ao grupo Planeta, que ainda aposta na coleção.

"O papel ainda é o nosso carro-chefe", explicou o diretor da Barsa, Anderson Silva, ao Portal R7. Durante a entrevista ele não revelou detalhes de números por questões estratégicas da empresa, mas afirmou que as vendas de coleções para clientes físicos e jurídicos, como escolas e órgãos públicos, respondem por cerca de 60% do faturamento da Barsa Planeta. A editora disponibiliza hoje para compra a versão on-line para assinantes e a coleção de 18 volumes.

O público consumidor do papel geralmente tem uma relação de afetividade com a Barsa. Silva comenta que a relação pode ser afetiva, uma vez que os mais velhos recordam das pesquisas para trabalhos escolares amparadas na Enciclopédia. "É aquela pessoa mais velha que fez pesquisas na Barsa quando estava no colégio e agora quer transmitir esse mesmo conhecimento aos filhos. Ou então possui uma coleção muito antiga e deseja uma mais nova para substituir", diz.

Rosana Rebello, responsável pelo conteúdo editorial da Barsa, acredita que o rigor técnico, a variedade de assuntos e a imparcialidade na redação e tratamento dos verbetes são responsáveis pela longevidade da Enciclopédia. "Nós temos de tratar de todos os assuntos, como política, mas sempre fazemos de maneira técnica e imparcial. Somos a união de conhecimentos de qualidade e confiabilidade", afirma.

A Barsa

A Barsa foi criada na década de 60 pela Britânica, que, na época, sentia falta de uma versão em português para o seu conteúdo. A primeira edição da Barsa foi lançada em 1964 e se esgotou em oito meses. Até então, só era possível encontrar no mercado enciclopédias em inglês, francês e espanhol, todas elas com poucos assuntos brasileiros.

Com informações do Portal R7.