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Além do protagonismo na indústria mundial de celulose de eucalipto, o Brasil está também se tornando destaque no mercado global de celulose solúvel - usada na indústria farmacêutica e de alimentos e na fabricação de viscose. Segundo apuração do site Valor Online, os investimentos previstos em novos projetos até 2020 podem ultrapassar R$ 7,5 bilhões, o que elevaria o país a uma capacidade instalada que corresponderia a pouco mais de 20% do volume mundial.

Segundo estimativas do setor, o mercado global de celulose solúvel é de 7,5 milhões a 8 milhões de toneladas por ano - o que corresponde a um pouco mais de 10% da demanda mundial de celulose de mercado, que é de 62 milhões de toneladas. Na década em curso, o crescimento anual da demanda varia entre 6% e 7%. Atualmente 56% do consumo está concentrada na China, com aplicação sobretudo na indústria têxtil. Se somada a demanda da Índia e do Sudeste Asiático, essa fatia chega a 77%.

O Brasil se destaca mais pela competitividade da matéria-prima do que pelo volume produzido, conforme fontes do setor. A Royal Golden Eagle (RGE), por exemplo, atualmente tem duas fábricas em operação, Jari Celulose e Bahia Specialty Cellulose (BSC). Na primeira, a produção anual é estimada em 200 mil toneladas. Já na segunda, por sua vez, há duas linhas que podem produzir, juntas, até 485 mil toneladas por ano de grau viscose ou 350 mil toneladas por ano do grau especialidade, com maior pureza.

A austríaca Lenzing, uma das cinco maiores produtoras globais da matéria-prima, também está de olho no Brasil. A empresa deve chegar ao país por meio de joint venture com a Duratex, que ainda não atua nesse mercado. O plano é construir em Minas Gerais, onde a companhia brasileira de painéis de madeira e louças e metais sanitários tem florestas disponíveis, a maior linha única de produção de celulose solúvel no mundo. Com capacidade de 450 mil toneladas por ano, o projeto receberá investimento inicial de US$ 1 bilhão.

Mercado internacional

A celulose solúvel é comercializada com prêmio em relação aos demais tipos de fibra - cerca de US$ 900 por tonelada, ante US$ 770 por tonelada da fibra. Na última década o setor atraiu o interesse de muitos produtores diante da demanda crescente de viscose, que teve como uma das causas a quebra da safra de algodão entre 2008 e 2009, fato que contribuiu para a migração para a celulose solúvel como matéria-prima substituta na indústria têxtil.

Com informações do site Valor Online.

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