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Na avaliação de executivos da indústria, o Brasil se consolidou como o principal destino global dos novos investimentos em produção de celulose e vai atrair mais projetos nos próximos anos. O setor, ao mesmo tempo em que oferece vantagens competitivas como menor tempo para colheita da árvore, recursos hídricos e área de plantio disponível, apresenta desafios crescentes como gargalos de infraestrutura e crescimento das florestas plantadas em ritmo menor do que o de avanço do consumo de madeira.

Marcelo Castelli, presidente da Fibria, afirmou durante conferência latino-americana da consultoria Risi, que "a floresta não está crescendo como a demanda, e hoje não vemos florestas disponíveis onde está a demanda de madeira". Segundo o executivo, nos próximos anos, a relação entre oferta e demanda de madeira ficará mais justa também no país. "A escassez de madeira tem sido um desafio no mundo todo", afirmou.

Para Walter Schalka, presidente da Suzano Papel e Celulose, entre os países com potencial para atrair novos investimentos, o Brasil passou à condição de estrela após o anúncio da expansão da Arauco, no Chile. Na Ásia, acrescentou o executivo, existe limitação grande de madeira e dificilmente haverá novos projetos. O Uruguai, que tem área bem menor que a do Brasil, pode ser uma fronteira para novos projetos, porém, já conta com a presença da UPM-Kymmene Corporation. "Então, o Brasil passa a ser a estrela com potencial de investimento futuro. Acho que haverá novos investimentos", disse Schalka ao Valor Online.

Duas produtoras asiáticas, Royal Golden Eagle (RGE) e Paper Excellence (PE), dos mesmos donos da Asia Pulp & Paper (APP), já realizaram aquisições no Brasil. A RGE comprou a Lwarcel e há expectativa de que siga adiante com o projeto de expansão da fábrica de Lençóis Paulista (SP). Já a PE está finalizando a compra do controle da Eldorado Brasil.

Nos próximos dois anos, lembrou o diretor de Relações com Investidores da Eldorado, Rodrigo Libaber, não haverá entrada de capacidade adicional de celulose no mercado, o que deve dar suporte às cotações. E o cenário de preços elevados tende a impulsionar novos projetos. "A demanda cresceu em todas as regiões em 2017 e isso deve se repetir em 2018. Sem novos projetos, a tendência para os preços é positiva", acrescentou. O consumo mundial de celulose tem crescido ao ritmo de 1,5 milhão a 2 milhões de toneladas por ano, ou o equivalente a uma nova fábrica.

Com informações do site Valor Online.

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