Cerca de 70% dos empresários do setor de Papel, Celulose, Embalagens e Artefatos planejam investir nos próximos três anos no Paraná. Os investimentos serão direcionados à melhoria do processo produtivo e a modernização e manutenção do parque fabril, qualificação de mão de obra e ampliação das estruturas.

O dado consta da segunda edição do Panorama Setorial da Indústria do Papel, Celulose, Embalagens e Artefatos, publicado em março. O estudo foi conduzido pela Fiep, em parceria com o Sindicato das Indústrias de Papel, Celulose, Pasta de Madeira para Papel, Papelão e de Artefatos de Papel e Papelão do Paraná (Sinpacel).

O estudo reúne dados de fontes oficiais como do IBGE, Ministério do Trabalho, Ministério da Indústria, Comércio e Serviços entre outros, e também informações repassadas pelos próprios empresários do setor por meio de questionários. O estudo revela que o Paraná reúne 470 indústrias dentre as quais 22 indústrias do segmento de celulose; 45 do segmento papel e as demais de embalagens e artefatos. As 470 indústrias respondem por 12% do valor da produção nacional, correspondendo a R$ 8,3 bilhões. Juntas, geram 22 mil empregos, que representam mais de R$ 423 milhões em salários. O estudo completo pode ser acessado em aqui.

De acordo com o diretor-presidente do Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social), Julio Suzuki Júnior, o Paraná tem vocação e é favorecido pelo clima e geografia, permitindo que sejam cultivados pinus e eucalipto simultaneamente. Dados da entidade apontam que o setor de papel e celulose alcançou US$ 306 milhões em exportações no primeiro quadrimestre de 2017. A celulose, por exemplo, já é o sexto produto de exportação do Estado. “O segmento é altamente promissor pela capacidade de incremento nas exportações”, afirma Júnior.  “A extensão do Estado, no entanto, não propicia a expansão de áreas de cultivo, mas o potencial de ganhos de produtividade, devido ao avanço das pesquisas agronômicas e as inovações implantadas pela indústria, demonstra que as perspectivas para o setor são boas”, completa.