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O ano de 2019 promete avanços e arrecadações vultosas para o setor da infraestrutura. O governo federal tem a chance de arrecadar investimentos consideráveis para o setor por meios dos editais herdados da gestão anterior. São concessões de aeroportos, ferrovias e terminais portuários. A perspectiva é de que sejam atraídos com base nesses editais investimentos iniciais em torno de R$ 7 bilhões.

Os leilões serão realizados com 12 aeroportos, quatro terminais portuários e um trecho da Ferrovia Norte-Sul. A expectativa é que, com o os editais prontos e publicados, as licitações caminhem com agilidade e que o setor de infraestrutura receba investimentos nos próximos meses.

"O Estado tem que oferecer as condições propícias para garantir investimento e essas condições envolvem portos, ferrovias, rodovias e aeroportos modernos", afirma João Arthur Mohr, gerente dos Conselhos Temáticos e Setoriais da Fiep.

Mudanças e investimentos também devem acontecer na próxima gestão do governo do Estado do Paraná. Confira o que está e o que deve ser feito nos quatro principais modais do Estado.

Portos

O navio precisa chegar, atracar, descarregar, carregar e sair. Para isso se faz necessário a existência de infraestrutura marítima, que é o canal de acesso. "Nisso estamos bem porque o canal foi recentemente aprofundado", afirma João.

Para o gerente, o modal carece de algumas ampliações. "O que nós precisamos atualmente é a construção de dez novos berços de atracação, que são píers no formato da letra T, F e L. Além disso, outras obras como a ampliação das áreas de armazéns (para a movimentação de celulose, terminal para veículos e  terminais para grãos) também são importantes", afirma.

Ferrovia

O modal trens está ligado ao grande projeto do governo, que é a construção da Bioceânica, ferrovia que interligará os portos de Paranaguá e de Antofagasta, no Chile.  O projeto deve ser feito por quatro países e a parte que cabe ao Brasil é o trecho conhecido como a nova ferroeste.

Assim que o projeto sair do papel "a logística terá uma redução de custo na ordem de 20% a 30%, se comparado ao transporte com caminhões, o que chega a quase R$ 1 bi por ano em economia apenas no Estado do Paraná", comenta.  Segundo o gerente, o Estado vai precisar apenas fazer o papel de negociador, fomentar e realizar audiências públicas no mundo todo, usando credibilidade e segurança jurídica por parte do Estado.

Rodovias

Os contratos dos pedágios terminam em novembro de 2021. Para João Mohr, mesmo faltando pouco menos de três anos o trabalho já deve começar. "Para você ter esses novos contratos, primeiro é necessário realizar um amplo estudo de engenharia (contagem de veículos, possíveis obras e custo); no segundo ano os editais devem ser preparados, é necessário ouvir a população, definir tarifas, amplas discussões com os usuários; feito os dois anteriores, podemos partir para a terceira fase, que são as licitações", comenta.

Ressaltou também que o sucesso em uma licitação se faz com o aumento da concorrência, que fará com que os preços fiquem mais justos.      

Aeroportos

Para estimular a quantidade de voos estaduais, e consequentemente aumentar a possibilidade de negócios, uma das sugestões apresentadas por Mohr é a redução do ICMS do combustível da aviação. "O Ceará, por exemplo reduziu o imposto e em troca exigiu um aumento no número de voos entre as cidades, aquele estado também atraiu dezenas de voos internacionais com esta medida fomentando o turismo. Nós poderíamos fazer isso, com a redução teríamos quase nenhuma perda para o governo, em termos de arrecadação, por causa do aumento do volume. Em vez de abastecer o avião em outro Estado, ele abastece aqui", aponta.

Ele também sinalizou a importância de se construir um aeroporto de maior porte na região oeste e um na região sudoeste do Paraná, assim como melhorias nos atuais de Londrina, Maringá e Foz do Iguaçu.

Com informações do Estadão e da Fiep.

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