clique para ampliar (Foto: Gelson Bampi)
Uma pesquisa realizada pela Fiep, divulgada recentemente, mostra que mais de 80% das indústrias paranaenses contratam
serviços terceirizados. Dentre elas, 56,1% terceirizam constantemente parte das suas atividades.Participaram do levantamento 54 indústrias de todos os setores, regiões e
tamanhos. Com a nova legislação sobre o tema, os industriais tendem a aumentar o percentual de serviços.
O maior aumento proporcional para este tipo de serviço será nas atividades que são parte
do processo produtivo, que devem subir de 12,6% para 26,3%. Transporte e logística deve subir de 24,2% para 30,5%;
manutenção de máquinas e equipamentos, que hoje representa 23,2% do que é terceirizado, deve aumentar
para 34,7%. De acordo com os industriais, os serviços de segurança e vigilância passarão de
23,2% para 30,5%.
No total, 35,4% dos industriais apontam a redução de custos como um forte
fator para a contratação de outras empresas para realizarem certas atividades. Já metade dos respondentes
colocam a especialização da atividade como uma razão forte na hora decidir terceirizar. E a melhora na
produtividade e na qualidade do que é produzido foram citados como uma justificativa moderada para a terceirização
por 43,2% e 34,1% dos entrevistados, respectivamente.
Com a sanção da lei 13.429, de 31 de março de 2017, 38% dos respondentes
afirmam que haverá um aumento no volume de serviços terceirizados. Outros 58% dizem que a demanda por este
tipo de serviço continuará igual e 4% acreditam que a terceirização tende a diminuir. A maior
dificuldade encontrada pelos industriais no processo de terceirização é a insegurança jurídica
ou possíveis passivos trabalhistas, apontados por 39,3% dos empresários que participaram da pesquisa. Custos
maiores do que o esperado está em segundo lugar dentre as preocupações, com 19,7%. Parte dos
empresários também afirma que o excesso de rotatividade e a falta de oferta de serviço são entraves, motivos
apontados por 17,2% e 16,4% das indústrias respectivamente.