clique para ampliarclique para ampliar (Foto: RCGI Agência FAPESP)
Um grupo de pesquisadores ligados ao Centro de Capacitação e Pesquisa em Meio Ambiente (Cepema), da Universidade de São Paulo (USP), isolou, no litoral de Santos (SP), uma bactéria capaz de produzir um biopolímero (polímero produzido por processo biotecnológico) que pode ter alto valor agregado. A descoberta foi feita durante um projeto realizado pelo Centro de Pesquisa para Inovação em Gás Natural (Research Centre for Gas Innovation RCGI) – apoiado pela Fapesp e pela Shell.

“Ainda não caracterizamos o polímero produzido pela bactéria, mas nossas análises indicam que é bem diferente dos relatados na literatura científica”, disse Elen Aquino Perpétuo, professora do Departamento de Ciências do Mar da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e coordenadora do projeto, à Agência Fapesp.

A fim de desenvolver a pesquisa eles começaram a prospectar bactérias chamadas de metanotróficas – que têm a capacidade não só de consumir, mas também de transformar metano e metanol em polímeros como o polihidroxibutirato (PHB), um polímero da família dos polihidroxialcanoatos (PHA) com características físicas e mecânicas semelhantes às de resinas sintéticas como o polipropileno. Desenvolvido com apoio da Fapesp, o PHB já é produzido no Brasil por uma indústria nacional em Serrana, no interior de São Paulo, a partir do açúcar da cana – um substrato 30% mais caro que o metanol.

Com informações da Agência Fapesp.