clique para ampliarclique para ampliar (Foto: Fotolia)

Investimentos em eficiência na linha de produção e exportação são algumas das soluções encontradas pelas empresas que compõem a indústria do plástico. O setor vem sendo pressionado pela variação cambial e pelo aumento do preço das matérias-primas.

"As principais matérias-primas possuem componentes importados ou, mesmo que produzidas no Brasil, têm preços internacionais. O impacto é de 40% a 70% no valor total da produção e fazer o repasse de preço é extremamente difícil", afirmou o presidente da Associação Latino-Americana de Materiais Compósitos (Almaco), Gilmar Lima, ao jornal DCI. Segundo o dirigente, em termos de volume, o desempenho do setor está sendo positivo. "Melhorou esse ano, deve crescer 9%, mas sobre uma base fraca e com margens apertadas. A indústria de transformação sofre mais, fica pressionada entre grandes fornecedores e clientes".

Para enfrentar o momento atual, Lima acredita que as empresas têm que buscar aumentar as exportações. "É preciso olhar para fora e buscar novos mercados para minimizar esses altos e baixos. Senão, vai ser sempre a mesma história. Essa instabilidade política vai existir em qualquer tempo", comenta. Outra alternativa sugerida por Lima é o investimento em desenvolvimento de produtos. "O setor sempre tem que trabalhar nesse sentido, buscar materiais alternativos e investir em pesquisa e pessoas", avalia.

Em entrevista ao mesmo jornal a diretora da RadiciGroup no Brasil, Jane Campos, afirmou que a matéria-prima tem um impacto de 70% no custo de produção. ?"Essa oscilação causa perdas cambiais, mas temos um controle rigoroso de margem. É muito difícil fazer o repasse, negociamos com o cliente", comenta.

Redução de custos

Outra alternativa é a redução de custos. O Grupo Jorge Zanattarevela está realizando um trabalho interno para minimizar os impactos do câmbio. "As margens estão pressionadas. O ano está sendo positivo em receita, mas é desafiador", afirma Leandro Buciani, diretor de Reestruturação (CRO) do grupo que é composto por duas empresas: Imbralit, fabricante de telhas de fibrocimento e caixa d?água de plástico, e a Canguru, que atua no mercado de embalagens flexíveis. Ambas as companhias estão sediadas em Criciúma (SC).

"Sentimos um mercado morno nas duas empresas, não é tudo que está andando. Crescemos por meio de investimento em marketing, inovação e novos produtos", contou Buciani ao DCI. Segundo o executivo, a Canguru é mais impactada pelo aumento da matéria-prima. "A empresa sente diretamente o preço da resina e as indústrias não conseguem repassar. É preciso fazer um trabalho de recuperação de margem".

Com informações do DCI.

Leia mais notícias sobre o setor em https://www.fiepr.org.br/boletins-setoriais/12/especial/boletins-setoriais/12/especial/boletins-setoriais/12/especial/boletins-setoriais/12/especial/boletins-setoriais/12/especial/boletins-setoriais/12/especial/boletins-setoriais/12/especial/boletins-setoriais/12/.