clique para ampliarclique para ampliar (Foto: Fotolia)

Os produtores brasileiros de borracha se mobilizam para desenvolver um certificado nacional de cultivo sustentável dos seringais. O selo trará alguns benefícios, como valor agregado ao látex nacional e a possibilidade de competição com a produção asiática.

A criação da certificação foi aprovada pelo governo em abril do ano passado. Os critérios para a obtenção do selo, contudo, ainda não foram definidos por uma comissão técnica formada por representantes do setor. Não há previsão de implantação no mercado, porém, a previsão é que tudo seja definido até o fim deste ano.

Hoje as boas práticas dos seringais nacionais garantem ao país a média mundial, de 1,2 toneladas de borracha seca por hectare. Porém, o cultivo nacional representa só 1,5% do mercado mundial. Os produtores asiáticos são responsáveis por 92% da produção mundial; lá o cultivo é majoritariamente de subsistência, realizado em áreas pequenas e pouco regulamentadas.

Entre as práticas utilizadas estão a gestão correta da exploração da borracha estão o controle de pragas, sangria e coleta do látex realizadas de modo adequado, o uso de hormônios estimulantes para potencializar a extração e a contratação de mão de obra especializada e treinada.

Em entrevista ao Jornal Folha de São Paulo, o agrônomo Cesar Savoia, diretor técnico da Associação Paulista de Produtores de Borracha (Apabor), explicou que "os produtores brasileiros respeitam a frequência ideal dos cortes nas árvores e fazem a recuperação das sangrias perdidas com as chuvas e o melhoramento genético dos clones das seringueiras".

O diretor da Apabor, Diogo Esperanti, em entrevista ao mesmo veículo, afirmou que a borracha nacional caminha para se transformar em um produto com maior valor agregado. "O país tem capacidade de oferecer o maior volume de borracha certificada do mundo, basta apenas certificá-la", comentou. A estimativa é que o selo valorizará o preço da borracha brasileira em 30%.

Com informações do jornal Folha de São Paulo.

Leia mais notícias sobre o setor em https://www.fiepr.org.br/boletins-setoriais/12/especial/boletins-setoriais/12/especial/boletins-setoriais/12/especial/boletins-setoriais/12/especial/boletins-setoriais/12/especial/boletins-setoriais/12/especial/boletins-setoriais/12/especial/boletins-setoriais/12/.