clique para ampliarclique para ampliar (Foto: Instituto Butantan)

O Instituto Butantan conseguiu patentear, nos Estados Unidos, o processo de produção da vacina contra a dengue, que atualmente está na última fase dos testes em humanos, etapa necessária para que o imunizante possa ser disponibilizado à população.

A patente foi conferida em maio pelo Escritório Americano de Patentes e Marcas (USPTO, na sigla em inglês). Além de garantir visibilidade internacional ao projeto, a conquista pode significar uma inversão da lógica tradicional de importar tecnologia de países desenvolvidos, segundo comunicado distribuído pela assessoria de imprensa do Butantan.

"Desta vez, será o Instituto que poderá exportar a tecnologia para o hemisfério Norte, que também vem enfrentando casos de dengue e irá demandar a vacina contra a doença. Hoje, há uma corrida entre pesquisadores ao redor do mundo para desenvolver uma vacina segura e eficaz, que possa ser produzida em larga escala. O Instituto Butantan, com a patente nos EUA, deu um passo fundamental para se estabelecer na vanguarda do processo", diz a nota.

Desde o início, o projeto para a vacina contra a dengue teve investimento total de R$ 224 milhões oriundos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Fundação Butantan e do Ministério da Saúde.

A terceira fase do estudo clínico está sendo realizada em 14 centros de pesquisa clínica, distribuídos em cinco regiões do País e envolverá, até o final, 17 mil voluntários. O objetivo nesta etapa é comprovar a eficácia do imunizante em proteger contra os quatro sorotipos do vírus da dengue. Ainda não há data definida para a conclusão dos testes, mas dados preliminares indicam que a vacina do Butantan é segura para pessoas de 2 a 59 anos, inclusive as que nunca tiveram a doença anteriormente, induzindo o organismo a produzir anticorpos de maneira equilibrada contra os quatro sorotipos. Terminada esta etapa, poderá ser feito o pedido de registro à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Com informações da Fapesp.