Pele artificial made in Brasil - Fiep - Boletins Setoriais - Químico, farmacêutico e cosmético

(Foto: Fotolia)

A brasileira Carolina Reis tinha recém-completado 30 anos quando embarcou para os Estados Unidos para criar a startup de biotecnologia Oneskin. Hoje, dois anos depois, a empresa quer produzir o creme rejuvenescedor "perfeito".

A startup não nasceu para vender cremes, foi forjada no processo de aceleração da IndieBio (maior aceleradora de biotecnologia do mundo), que tinha como objetivo desenvolver uma pele que fosse uma plataforma para testar a eficácia dos produtos cosméticos relacionados ao envelhecimento.

Em entrevista para o jornal Gazeta do Povo, Reis, que hoje tem um escritório na MBC-Biolabs - coworking que reúne mais de 40 startups de biotecnologia, no Vale do Silício - contou que "a equipe foi para a IndieBio com a proposta de reconstruir a pele humana em laboratório para substituir testes em animais. Mas quando chegamos nos Estados Unidos vimos que isso não era uma demanda do mercado. O que faltava em cosméticos era uma validação da eficácia dos produtos antienvelhecimento".

A Oneskin conseguiu desenvolver meios de medir a idade da pele com um teste de sequenciamento de DNA. Desta forma é possível medir se um creme é eficaz (consegue tornar o tecido "mais jovem") ou apenas faz marketing. A tecnologia empregada na produção da pele tem sido aproveitada no desenvolvimento dos cremes. "A gente consegue entender mais sobre envelhecimento, genes, e isso nos dá muitos insights de como interromper o envelhecimento", explica.

Além disso, a empresa também desenvolveu uma pele envelhecida, que permite testes com várias faixas de idade. Seus concorrentes, como a L'Oreal, só produzem peles jovens. Com peles de diferentes idades, é possível produzir produtos segmentados, já que é possível encontrar compostos que funcionem melhor para cada faixa etária.

Com informações da Gazeta do Povo.