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Empresários e sindicatos das indústrias de móveis do Paraná se reuniram no dia 2 de junho,
na Fiep, para discutir as demandas e os gargalos que dificultam o desenvolvimento do setor. Participaram os representantes
do Simov, Simovem e Sima, além de empresários do setor e membros da Federação.
A reunião
fez parte da programação dos Fóruns Setoriais, em que representantes das diversas cadeias produtivas
do Estado trazem as questões que mais lhes preocupam e discutem, junto com a Fiep, o que a Federação,
o poder público e os sindicatos podem fazer para melhorar as condições de produção e alavancar
o crescimento do setor.
O trabalho é a continuidade das ações iniciadas nos Fóruns Setoriais
de 2009, quando foram levantadas demandas dos vários segmentos da economia paranaense. Agora, dois anos depois, é
o momento de avaliar quais as ações surtiram efeito na eliminação de gargalos e quais as
novas demandas se tornaram centrais neste meio tempo.
Este ano, os representantes da indústria moveleira
do Paraná destacaram como principais limitações para o seu desenvolvimento a nova legislação
ambiental, que inclui a questão da gestão de resíduos sólidos e a logística reversa; a
política cambial vigente e a falta de mão de obra. "Não adianta tentarmos enfrentar estas demandas isoladamente.
Unidos descobrimos que muitas destas necessidades são comuns", observa o presidente do Simov, Luiz Tedeschi.
Para
o presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, "existe a competitividade que depende dos empresários e a competitividade
que depende do Governo, como logística, carga tributária e crédito. O Governo pode ajudar ou dificultar
este processo", observa.
Ações - Para enfrentar alguns destes gargalos, a Fiep prevê
a abertura de 1,8 mil vagas para cursos técnicos na área de móveis este ano. Estas iniciativas abrangem
projetos de capacitação em 14 indústrias de móveis no Estado, a realização de cursos
de aperfeiçoamento profissional em diversas áreas e o Programa de Gestão Avançada (PGA), que visa
capacitar os dirigentes das empresas. Além disso, para atrair os jovens para este mercado, a Federação
levou para São José dos Pinhais e para Arapongas, dois importantes polos moveleiros do Paraná, um curso
de aprendizagem industrial na área de móveis com duração de um ano e meio.
Já para
as questões voltadas à sustentabilidade e à nova realidade trazida pela Lei de Resíduos Sólidos,
a Fiep inaugurou, no dia 27 de junho, a Câmara Técnica de Resíduos Industriais, onde serão criados
três grupo de trabalho permanentes voltados ao estudo de três temas centrais para a sustentabilidade: Centrais
de Resíduos, Logística Reversa e Simbiose Industrial, que ocorre quando o resíduo de uma empresa pode
ser utilizado como fonte geradora de energia em outra. A Federação pretende, ainda, construir brevemente uma
Central de Resíduos, que realizará o tratamento dos resíduos de difícil destinação
de várias cadeias produtivas.