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Oferta abundante de trigo deve manter pressão sobre cotações em 2017, afirma Cepea

Preços devem continuar em queda favorecendo os compradores, mas desistimulando produtores

clique para ampliarPreços baixos desestimulam produtores e área pode cair novamente. (Foto: Agência Faep)

As cotações do trigo devem seguir pressionadas em 2017, refletindo principalmente a baixa liquidez no primeiro semestre e a expectativa de ampla oferta do cereal tanto brasileira como do Mercosul. A estimativa é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. Segundo o órgão se, por um lado, os menores preços favorecem os compradores, de outro desestimulam produtores, com a área cultivada podendo cair por mais um ano.

O órgão afirma que, apesar da boa produção de trigo no Brasil, a maior oferta do cereal do Mercosul e os baixos preços registrados nos últimos meses do ano passado poderão, mais uma vez, reduzir a área semeada. Incertezas quanto ao clima durante o desenvolvimento do grão e os elevados custos de produção em comparação com outras culturas também são fatores que diminuem a competitividade do trigo na safra de inverno.

Importação

Na Argentina, principal fornecedor de trigo ao Brasil, a produção é estimada em 14,4 milhões de toneladas, aumento de 27% em comparação com a campanha anterior, enquanto o consumo interno do país foi projetado em 6,3 milhões de toneladas, segundo dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) de dezembro. Sendo assim, em princípio, o maior volume de trigo disponível deve favorecer moinhos brasileiros, principalmente no primeiro semestre. Porém, será necessário avaliar os níveis de taxa de câmbio no Brasil, que influenciará a paridade de importação do cereal.

O Uruguai e Paraguai também deverão seguir como importantes fornecedores de trigo ao Brasil. Das 6,153 milhões de toneladas importadas até novembro de 2016, o Paraguai foi responsável por disponibilizar 861,878 mil toneladas aos moinhos brasileiros, volume 52% acima do de 2015. O Uruguai participou com 567,119 mil toneladas, expressivo aumento de 78% em igual comparativo, segundo dados da Secex, divulgados pelo Cepea.

Segmentos

No mercado de derivados, com as mudanças na economia brasileira, fontes do Cepea acreditam em melhora nas vendas de farinha neste início de 2017, com consumidores devendo retomar com maior intensidade as compras de produtos finais que contêm trigo como ingrediente.

Já no segmento de farelo poderá haver retração na demanda em função dos menores preços do trigo em grão e da colheita de milho - ambos são substitutos em ração animal, pressionando ainda mais o valor do derivado.

Com informações do Cepea

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