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Mais de 100 representantes de entidades da sociedade civil organizada paranaense se reuniram no dia 17 de março, no Campus da Indústria, em Curitiba, para analisar o atual cenário político brasileiro. As entidades decidiram elaborar um manifesto conjunto em repúdio à nomeação do ex-presidente Lula como ministro-chefe da Casa Civil. As entidades - entre elas a Fiep - também pedem o andamento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Congresso Nacional.
As entidades se posicionaram ainda em apoio a todas as ações de combate à corrupção em andamento no Brasil e pela defesa irrestrita da manutenção do Estado Democrático de Direito e dos princípios constitucionais.
Além da elaboração do manifesto, as entidades vão formar um grupo de lideranças para ir até Brasília e entregar o documento a todos os parlamentares da bancada paranaense no Congresso Nacional. A realização de outras ações de mobilização também está sendo estudada.
Participaram do encontro representantes da Fiep, sindicatos, Fecomércio, Feecoopar, Fetranspar, Associação Comercial do Paraná, Faciap, OAB-PR, Aecic e instituições que representam categorias como engenheiros, contabilistas e agrônomos. Também estiveram presentes duas entidades de representação de trabalhadores: a União Geral dos Trabalhadores (UGT) e a Federação dos Trabalhadores da Indústria do Paraná (Fetiep).
O presidente do Sipcep, Vilson Felipe Borgmann, também foi uma das lideranças convocadas para participar do evento, representando o setor de panificação paranaense. "Estou participando ativamente desse processo de discussão e apoiando a Fiep. Como cidadão, como empresário e como representante do setor de panificação, estou convicto que somente a mobilização firme da sociedade vai colocar freio nesse cenário lamentável", pontuou o presidente, que estava acompanhado do empresário Jefferson Miara, da panificadora Brioche.
Ele lembra que a panificação vem sendo duramente afetada pela recessão e ressalta que a questão não é apenas econômica, mas também política. "A economia só vai melhorar se houver mudanças. Acho que agora a crise chegou ao seu ponto máximo”, afirmou Borgmann.
“Neste encontro ficou clara a indignação, praticamente unânime, em relação ao que está acontecendo em nosso país”, avaliou o presidente do Sistema Fiep, Edson Campagnolo. “Uma indignação contra tudo o que estamos presenciando em assuntos de ordem política, de ética e de valores, especialmente pela questão da corrupção”, completou.
De acordo com ele, as entidades apoiam o andamento do processo no Congresso Nacional, desde que respeitados todos os aspectos legais e constitucionais.
As entidades ainda ressaltaram, durante o encontro, a importância de acabar com a corrupção no país. “Declaramos apoio ao combate à corrupção em todos os níveis, seja pela operação Lava Jato, seja por outras operações em andamento, inclusive aqui no estado do Paraná. Refutamos a corrupção, defendemos que a Justiça seja feita e os culpados sejam punidos”, afirmou Campagnolo.
Com informações da Agência Fiep