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Os industriais do setor de panificação e confeitaria se prepararam para a produção de fim de ano, com o objetivo de oferecer produtos especializados aos consumidores. No entanto, os empresários fizeram adaptações para adequar a produção à realidade da demanda dos clientes em um cenário de crise econômica. Com os consumidores gastando menos, a procura por produtos mais elaborados também caiu, e o panetone se enquadra neste contexto.
“A produção de panetones está bem lenta, abaixo dos anos anteriores, por um conjunto de fatores. A crise está segurando o poder de compra da população e afeta as vendas. Tomara que possa melhorar próximo do Natal”, comenta o presidente do Sipcep, Vilson Felipe Borgmann.
A Brioche, por exemplo, fez adequações na produção de panetone conforme as demandas dos clientes. Em anos anteriores, a venda começava em setembro e crescia nos meses seguintes, com uma procura bastante intensa por parte dos consumidores. “Está ocorrendo menos interesse por parte do consumidor. Antes, já começava a vender a partir de setembro, com até duas fornadas por semana. Em no máximo sete dias, eu conseguia dar vazão. Agora está chegando a 10 dias. E fazemos as fornadas conforme a demanda”, afirma Jefferson Miara, proprietário da Brioche. Ele releva que outro indicativo deste cenário é a oferta menor de panetones por parte das importadoras.
Já Valmir Maiochi, da Panificadora Jocasta, adotou uma medida mais incisiva e decidiu não produzir panetones em 2015. “Nosso produto é de qualidade e fico sem preço para competir com os produtos ruins que são colocados no mercado. Se houver pedidos para encomenda, faremos. Mas neste ano mesmo farei uma fornada apenas para a família e os amigos”, conta.
Na Padaria América, a produção de stolen está próxima da média realizada nos últimos anos, mas existe a expectativa de diminuir a produção geral dos produtos natalinos por conta da procura abaixo do normal. “Estamos preparados porque não serão todos os produtos que terão as mesmas demandas. Somente a produção de stolen deve ser normal, próxima à do ano passado. Tivemos o aumento no custo de matérias-primas, como no caso da castanha, que impacta muito no preço final e não temos como manter os preços tão atrativos”, avaliou Eduardo Engelhardt, que administra a Padaria América.
De acordo com ele, os clientes já estão levando produtos natalinos, “mas não sei se vai se concretizar um aumento de vendas até próximo do Natal”.