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Os panificadores paranaenses que participaram da IBA, a principal feira do setor em todo o mundo, aproveitaram as informações de qualidade e os contatos com diferentes integrantes da cadeia da panificação para alavancar seus negócios e vislumbrar oportunidades. O evento, realizado no mês de setembro na cidade de Munique, na Alemanha, apresentou as novidades e tendências em equipamentos, maquinários, serviços, tecnologia de produção e insumos, entre outros.
Os industriais do estado integraram uma missão internacional específica para visitar a IBA e conhecer mais sobre a produção alemã de pães. A iniciativa foi liderada pelo Sipcep e organizada pelo Centro Internacional de Negócios (CIN) da Fiep, com apoio da Confederação Nacional da Indústria e do Sebrae/PR. Panificadores de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e Ceará também integraram a missão.
O grupo acompanhou a programação da IBA durante dois dias. “Foi ótimo visitar a feira e poder conferir as novidades em tecnologia e tendências para todos os portes de panificadoras e confeitarias. Vimos até uma máquina apenas para confeitar bolos. Existem opções de todos os tipos. Também estabelecemos muitos contatos com indústrias de máquinas e equipamentos e daremos sequência a eles posteriormente”, conta o presidente do Sipcep, Vilson Felipe Borgmann, que também participou da missão internacional.
Ele ainda se reuniu, ao lado dos demais panificadores brasileiros, com a diretoria da IBA. Na ocasião, foi comentado que o Brasil nunca participou do concurso mundial de pães e doces que acontece no mesmo período da feira. “Como vice-presidente da ABIP, vou levar isto para a associação e tentar articular a participação brasileira no concurso, que é muito importante”, salienta Borgmann. Uma ideia é montar seletivas regionais e escolher um representante brasileiro para participar do concurso na próxima edição da IBA, daqui a três anos. Na edição de 2015, o tema da competição foi circo.
Visitas técnicas
O grupo de panificadores realizaram visitas técnicas na cidade de Ulm, considerada um importante polo da panificação na Alemanha. Os industriais acompanharam as atividades na empresa Staib, que possui uma central de produção de pães e uma rede de 49 lojas. “A Staib trabalha com pães congelados e semiassados. A produção atende todas as lojas, que estão a um raio de no máximo 50 quilômetros da central de produção”, relata Borgmann. Ele lembra que os pães na Alemanha são feitos com mistura de matérias-primas, não existindo a massa branca, como no caso do pão francês.
Esta visita também foi destacada pelo proprietário da Indústria do Pão, Eder Cesar dos Santos, que integrou a missão internacional. “Ao visitarmos a central de produção de pães em Ulm, pudemos acompanhar o uso dos congelados e a distribuição destes produtos para uma rede de lojas. Este tipo de modelo poderia ser disseminado por aqui. Além disto, as lojas não precisam ser tão grandes como as nossas porque os produtos já estão prontos. A estrutura de manutenção do ponto de venda também é mais barata”, avalia.
Além disto, os panificadores estiveram em uma central de produção de uma cooperativa de panificadores. No local são fabricados produtos congelados e semiassados, que são encaminhados para as lojas dos cooperados.
Estas visitas técnicas foram destacadas pelo proprietário da Indústria do Pão, Eder Cesar dos Santos, que integrou a missão internacional. “Ao visitarmos a central de produção de pães, pudemos acompanhar o processo dos congelados e a distribuição destes produtos para a rede de lojas. Este tipo de modelo poderia ser disseminado por aqui. Além disto, as lojas não precisam ser tão grandes como as nossas porque os produtos já estão prontos. A estrutura de manutenção do ponto de venda também é mais barata”, avalia.
Segundo o presidente do Sipcep, as padarias pequenas na Alemanha vendem apenas pão, com produção própria. Estas empresas empregam dois funcionários por turno e trabalham fortemente com produtos congelados. “Aqui, criamos um mix muito grande nas lojas, o que gera um custo alto. Lá, no máximo, as padarias maiores ofertam lanches, mas já com tudo preparado antecipadamente”, narra.
Durante a missão, os panificadores conheceram um grande moinho de trigo e uma escola de formação profissional em panificação e confeitaria, com cursos específicos para padeiro, confeiteiro e atendimento de balcão, com duração de três anos para cada área. “Na Alemanha, só é possível abrir uma padaria se o proprietário é o mestre ou se contratar um profissional com esta formação”, revela Borgmann.
Para Eldon Strey, técnico em panificação do Moinho Anaconda, a missão internacional foi uma excelente oportunidade para os profissionais do setor. “Já estou verificando o que será possível apresentar na empresa para tentarmos desenvolver aqui. Vimos muitos produtos e processos que nem fazíamos ideia que existiam. Há processos que estão sendo desenvolvidos há quatro gerações e nós aqui não conhecíamos ainda. Há um longo caminho a percorrer”, indica. Strey ressalta a dedicação de todos os envolvidos na missão, tanto por parte da organização quanto dos gestores alemães.