Panificadoras e confeitarias se adaptam ao atual momento da economia

Sipcep já identifica retração no faturamento das empresas, que fazem adaptações ou diminuem margens de lucro

clique para ampliarPanificadoras e confeitarias tiveram, em 2015, um grande aumento no custo de produção (Foto: Divulgação)

O setor de panificação e confeitaria está sendo impactada pela crise econômica que afeta o Brasil. Parte das indústrias vêm sofrendo com a queda na venda de produtos e no faturamento. Outras passaram a rever suas margens de lucro para absorver o aumento no custo de produção sem repassar isto ao consumidor.

O Sipcep identificou que, em média, a comercialização de pão francês diminuiu 17% nos últimos meses em Curitiba e região. “O fluxo de clientes não teve uma queda considerável, mas houve diminuição do faturamento de padarias e confeitarias. Uma parcela dos clientes está procurando produtos mais baratos e deixam um pouco de lado os produtos de alto valor. Estamos vendo que mudou o comportamento do comprador”, comenta o presidente do sindicato, Vilson Felipe Borgmann.

O industrial Valmir Maiochi, da Panificadora Carrossel, confirma este cenário. “Estamos percebendo a troca na variedade de produtos e esta queda no ticket médio dos consumidores. Mas estamos criando produtos para que o cliente seja estimulado a experimentar novidades e aumentar o valor de sua compra”, explica.

Para Borgmann, os empresários do setor devem ser criativos para atrair a atenção dos clientes. “Esta é uma boa oportunidade para fazer esta reflexão. As panificadoras e confeitarias se reinventaram tantas vezes. É o momento de usar a criatividade”, avalia.

Na confeitaria A Familiar, a movimentação de clientes permanece dentro da média, segundo o proprietário Manuel Rodriguez Lineres. Mas a empresa está reduzindo as suas margens para se adequar ao aumento nos custos. “Algumas matérias-primas tiveram reajuste de até 40%, fora o aumento da tarifa de energia elétrica. Não consigo repassar isto para a clientela. Então, o reflexo está ocorrendo na adaptação das nossas margens”, salienta.