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A Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip) divulgou que o faturamento do setor teve um crescimento de 8,02% em 2014, na comparação com o ano anterior, com um volume arrecadado de R$ 82,5 bilhões. O índice de expansão ficou abaixo de 10% pelo segundo ano consecutivo, segundo levantamento divulgado pela entidade no início de março. “A taxa de crescimento de 8% ficou dentro do que se esperava. Sentimos a retração nas padarias e a queda no faturamento. Foi um resultado positivo, mas já sabíamos que ele seria menor do que em anos anteriores”, opinou o presidente do Sipcep, Vilson Felipe Borgmann.
De acordo com ele, o resultado de 2014 teve o impacto do aumento do custo da energia elétrica e da matéria-prima, esta em função da alta do dólar. “O nosso custo de produção aumentou muito e ainda tivemos dificuldades com a mão de obra. Estes dois fatores influenciaram o desempenho no ano passado”, salientou o presidente do sindicato. Especificamente sobre a mão de obra, o treinamento de trabalhadores e a rotatividade dentro do quadro de empregados também encareceram o custo de produção das padarias e confeitarias.
A Abip informou que a desaceleração dos resultados do setor está relacionada com a alta de custos da panificação, incluindo o aumento de preços de produtos adquiridos no atacado (reajuste de 8,71%), salário médio dos trabalhadores (18,2%), preço das embalagens (13,3%) e energia elétrica (14,8%). O crescimento do faturamento da indústria de panificação teve como base o desempenho das padarias que oferecem serviços completos de fast food e de conveniência.
Para favorecer o desenvolvimento do setor de panificação, o presidente da Abip, José Batista de Oliveira, defende a aceleração do projeto de lei que desonera os produtos panificados. A matéria está em trâmite na Câmara Federal. “A decorrente redução dos custos dos produtos panificados não apenas terá impacto positivo direto sobre a atividade, estimulando investimentos em novos empreendimentos, modernizações e ampliações, como tornará esse nobre produto ainda mais acessível à população”, comenta.
Na avaliação de Borgmann, em 2015, a indústria da panificação pode obter um resultado positivo, mas menor do registrado no ano passado. O desempenho vai depender do cenário econômico brasileiro e do gerenciamento dos custos das empresas do segmento, incluindo o novo reajuste na tarifa de energia elétrica
Números
A Abip informou que, em 2014, o setor de panificação se estabeleceu com 63,2 mil empresas, que registraram a movimentação de 41,5 milhões de clientes por dia. O número de empregos diretos chega a 850 mil - com um aumento de 5,7% no ano passado -, além dos 1,85 milhão de postos de trabalhos indiretos. O salário médio pago pela indústria da panificação cresceu 44,2% entre 2010 e 2014.
Com informações da Abip