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O anúncio do reajuste de 38,9% na tarifa de energia elétrica para o setor industrial, conforme anúncio da Companhia Paranaense de Energia (Copel) no início do mês de março, acendeu um alerta entre os panificadores. A energia está entre os itens de maior peso no custo de produção de padarias e confeitarias. Além do alto índice, o setor já havia sofrido impacto em função do reajuste praticado em 2014.
“A energia elétrica, para uma panificadora, representa o terceiro item no custo de produção, atrás de impostos e folha de pagamento. Com este reajuste em 2015, a energia continua na terceira posição, mas já bem próximo do custo com folha de pagamento. Atualmente, uma padaria de grande porte gasta em média R$ 17 mil com energia elétrica por mês. É um peso muito grande e dificulta bastante”, comenta o presidente do Sipcep, Vilson Felipe Borgamann.
De acordo com ele, o sindicato participou de uma representação da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip) sobre o tema perante os governos e autoridades relacionadas com o fornecimento de energia elétrica. Apesar de não haver expectativas de retorno neste sentido, as entidades do setor de panificação decidiram fazer um comunicado questionando o reajuste elevado para mostrar suas posições sobre o assunto.
Como o índice não será alterado, o caminho para padarias e confeitarias é investir na redução do consumo. Dez panificadoras associadas ao Sipcep estão participando do projeto de eficiência energética, desenvolvido pelo sindicato em parceria com o Senai Paraná. Será feito um trabalho de diagnóstico de consumo nas empresas, gerando sugestões para o uso mais eficiente da energia. “Dependendo do resultado que estas padarias alcançarem, que eu acredito que será positivo, outras panificadoras poderão se estimular para também reduzirem seus gastos”, salienta Borgamann.
A participação no projeto de eficiência energética está sendo subsidiado pelo programa Sebraetec - Serviços em Inovação e Tecnologia, do Sebrae/PR. “Temos recursos para atender 50 panificadoras. Assim que as padarias que já estão no projeto mostrarem redução nos custos com energia, outras vão despertar o interesse para isto. Precisamos fazer a nossa parte, que neste momento é reduzir o consumo”, afirma o presidente do Sipcep.
Demais custos
Além da energia elétrica, a indústria da panificação está sofrendo os impactos com outros aumentos em matérias-primas, insumos e serviços. A alta no combustível afetou os valores de frete, tendo efeitos nos preços de produtos transportados via terrestre. Com o aumento do dólar, a farinha de trigo também mudou de preço e foi reajustada em 6% somente em março. Itens como chocolate e gordura também tiveram alterações em seus valores.