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O setor de panificação e confeitaria no Brasil fechou 2013 com 8,7% de faturamento, movimentando R$ 74,405 bilhões. No ano anterior (2012), o índice foi de 11,6%, em uma tendência de crescimento de dois dígitos que se mantinha desde 2007, quando o setor atingiu 13,3% em crescimento no país.
Comparado a 2010 (12%), a queda em 2013 chega a 33%, conforme análise do ITPC em parceria com a Abip. O presidente da Abip, José Batista de Oliveira, avalia que a desaceleração é decorrente principalmente da alta de custos experimentada pela panificação. “Para se ter uma ideia, os preços da farinha de trigo, que representa 40% dos custos dos produtos panificados, sofreram aumento médio de 22%, o que significou um impacto de 9% nos reajustes de preços realizados no ano”, destaca Oliveira.
“Com o aumento do dólar e do preço do trigo, subiu o valor do pão e caíram as vendas.
Além disso, nossa mão de obra pecou em qualificação e tivemos muita rotatividade de funcionários.
A falta de bons atendentes também influenciou no baixo crescimento”, completa o presidente do Sipcep, Vilson
Felipe Borgman. Ele aponta que as padarias também perderam 1% dos clientes para supermercados e outros espaços.
Para 2014, Borgman espera que a situação melhore, visto que o dólar está mais estabilizado e estão
sendo feitos mais investimentos na qualificação de profissionais.
Comparação
Os números apresentados foram levantados por meio de pesquisa junto a 1,2 mil empresas de todo o país, abrangendo
representantes do setor de todos os portes. Ainda segundo Oliveira, o melhor desempenho foi registrado junto a padarias que
oferecem serviços completos de fast food e conveniências.
Os resultados do setor de panificação
foram comparados aos de outros setores de alimentação, como o faturamento dos supermercados (11,92%), Varejo
(8,5%), Grupo Pão de Açúcar (8,1%) e food service (estimado em 8%). Outro dado que chama a atenção
é o crescimento do faturamento com produção própria nas padarias, que apresenta alta, desde 2007,
chegando a 55% em 2013.
A pesquisa indica ainda que o setor, que gera 820 mil empregos diretos e 1,85 milhão de forma indireta, aumentou
em 2% o número de postos de trabalho criados em 2013, o que representa 18 mil funcionários contratados a mais
nas padarias.
O presidente da Abip destaca a importância socioeconômica do setor, lembrando que
o segmento, além de ser um importante gerador e mantenedor de mão de obra, é constituído basicamente
por micro e pequenas empresas. “Mais da metade das padarias empregam até 20 funcionários”, destaca.