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Falta de profissionais qualificados é um dos temas na agenda do evento que abre hoje, em Joinville
A Exposuper, principal evento do setor supermercadista em Santa Catarina, começa hoje preocupada com o futuro da mão de obra para o setor de panificação e confeitaria.
Neste ano, um espaço de 240 metros quadrados está sendo preparado especialmente para atender os interessados em trabalhar e em fazer negócios na área. A padaria modelo foi projetada para que visitantes, compradores e profissionais do setor participem de aulas práticas, cursos e palestras sobre o tema.
O diretor executivo da Associação Catarinense de Supermercados (Acats) e coordenador-geral do evento, Antônio Carlos Poletini, explica que a padaria e o açougue são duas áreas muito importantes de uma loja.
E nós estamos sofrendo uma carência de mão de obra qualificada, que acaba fazendo com que os profissionais já existentes sejam muito disputados no mercado de trabalho.
A dificuldade em encontrar padeiros e confeiteiros é tanta que há supermercados optando por oferecer um treinamento interno aos seus funcionários. O gerente do Supermercado Giassi, Manoel José Fidélis Filho, diz que para montar a loja em Joinville, a empresa capacitou o pessoal selecionado para atuar na padaria. Há ainda casos de profissionais de outros setores que foram remanejados para a panificação após passarem pelo treinamento.
Auxiliar faz planos para crescer na área
Há quatro meses trabalhando como auxiliar de
padaria, Luciléa Helebroke da Silva já faz planos para crescer na área e diz que pretende virar confeitera
também.
Aulas à parte, o coordenador de alimentos do Giassi, Maicon Figueró, conta que entrou na profissão por falta de opção , há 11 anos. Foi auxiliar de confeitaria, confeiteiro e, hoje, se diz realizado com a profissão. Ele acredita que os cursos oferecidos para a profissionalização estão um pouco distantes da realidade .
Maicon afirma ainda que o fato de os padeiros trabalharem desde cedo e não terem muitas folgas em finais de semana também assusta os novatos. Poletini acredita que o aquecimento de outros setores, como a construção civil e a indústria, tem prejudicado a contratação de trabalhadores para atuar em padarias.
O analista técnico do Sine de Joinville, Lucas Bohrer, conta que algumas vagas para o setor chegam a ficar três meses à espera de algum profissional.