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Filipe Domingues
Os preços do trigo dispararam ontem nas bolsas americanas após fecharem também em alta em bolsas europeias. O clima desfavorável em alguns países produtores causa preocupações em relação à oferta global. Na França e na Alemanha, a estiagem é o problema: tem chovido cerca de 40% menos que o normal. Desde que a Rússia precisou restringir as exportações de grãos depois de uma quebra de produção, no ano passado, o trigo produzido em outros países europeus, principalmente na França, passou a ser alternativa de abastecimento. Com isso, o trigo saltou 11,6% em Paris e influenciou as cotações da Bolsa de Chicago. O contrato do grão para entrega em julho avançou 4,08%, para US$ 7,9050 por bushel. A estiagem também prejudica o desenvolvimento da safra dos Estados Unidos. Depois do fechamento do mercado, o governo americano confirmou que só 33% das lavouras de trigo estão em boas condições.
As cotações do milho também subiram com força em Chicago (3,39%), com influência positiva do trigo, já que ambos os cereais são usados como ração. Mas um importante fator para a valorização do milho foi a alta do petróleo, de 5,5% em Nova York, que na semana passada serviu como um gatilho para perdas expressivas nas commodities. O milho havia caído 9% na semana passada. Outros mercados fecharam a segunda-feira com ganhos após uma sequência de baixas. A soja subiu 0,68%.